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Europa se recupera e espera definição sobre Irlanda

Por Álvaro Campos Londres - As principais bolsas europeias fecharam em leve alta, recuperando-se, em parte, das fortes quedas de ontem. Mas os volumes de negócios foram baixos e corretores afirmam que os investidores esperam para ver o que acontecerá com a Irlanda após a reunião com representantes da União Europeia (UE) e do Fundo […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 15h30.

Por Álvaro Campos

Londres - As principais bolsas europeias fecharam em leve alta, recuperando-se, em parte, das fortes quedas de ontem. Mas os volumes de negócios foram baixos e corretores afirmam que os investidores esperam para ver o que acontecerá com a Irlanda após a reunião com representantes da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com ganho de 1,33 ponto (0,50%), a 267,31 pontos.

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O ministro de Finanças da Irlanda, Brian Lenihan, afirmou que um "engajamento intensivo" com parceiros da UE para discutir os melhores meios para dar suporte ao sistema bancário do país vai começar amanhã. Ele acrescentou que o eurogrupo, que reúne os ministros de Finanças dos 16 países que usam o euro, está determinado a tomar qualquer ação que for necessária. As declarações elevaram a expectativa de que a Irlanda poderá aceitar um pacote de resgate que pode chegar a 100 bilhões de euros. O índice ISEQ, da Bolsa de Dublin, avançou 1,51%. As ações do Bank of Ireland subiram 2,30%.

Nos EUA, as bolsas operavam em leve alta perto do fechamento dos mercados na Europa. O Departamento de Trabalho divulgou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em outubro, na comparação com setembro. No entanto, o núcleo da inflação - que é observado mais atentamente pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) - ficou estável pelo terceiro mês seguido, abaixo das previsões.

Para Agnes Belaisch, diretor de estratégias para mercados emergentes da Threadneedle Asset Management, o foco dos investidores está oscilando entre os mercados da periferia da zona do euro e a frágil recuperação dos EUA. "Essa tendência deve continuar", comentou, acrescentando que problemas estruturais de longo prazo e o limitado crescimento dos EUA e da Europa são "inevitáveis".

Londres

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou com ganho de 10,66 pontos (0,19%), a 5.692,56 pontos, após ter passado boa parte da sessão perto da estabilidade. A empresa de consultoria Experian subiu 6,33%, depois de divulgar um resultado melhor do que o esperado no primeiro semestre, que foi puxado pelos lucros na América Latina. O Royal Bank of Scotland (RBS) ganhou 2,13%, mas o Lloyds perdeu 0,30% e o HSBC recuou 0,68%. A farmacêutica GlaxoSmithKline avançou 2,43%. Um comitê da Administração de Drogas e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) dos EUA recomendou a aprovação do medicamento Benlysta, mas a agência não necessariamente segue essa recomendação.

Ainda no setor farmacêutico, a suíça Roche detalhou um plano de reestruturação multibilionário, que incluirá o fechamento de fábricas nos EUA e cortará 4,8 mil vagas. As ações da empresa subiram 1,33% na Bolsa de Zurique, onde o índice Swiss Market avançou 0,29%. O grupo suíço de biotecnologia Actelion avançou 9,09%. Após surgirem especulações de que a companhia poderia receber uma oferta de aquisição, a Actelion disse que está "em diálogo constante com outros participantes do setor".

Frankfurt

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX-30 avançou 36,83 pontos (0,55%), fechando a 6.700,07 pontos. A fabricante de caminhões MAN liderou a alta, com suas ações subindo 2,45%. Já a Heidelberg, que produz cimento, teve alta de 2,08%. A Lufthansa registrou valorização de 2,34%. A seguradora Allianz subiu 1,23%.

Paris

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou com alta de 29,88 pontos (0,79%), a 3.792,35 pontos. As ações do setor financeiro se recuperaram, parcialmente, das fortes quedas de ontem (BNP Paribas + 1,49%, Société +2,02% e Crédit Agricole +0,55%). A exceção foi a seguradora AXA, que recuou 1,09%, após ter sua recomendação rebaixada pela Jefferies. A EDF ganhou 2,18%, depois de o UBS afirmar que a empresa está "mais transparente e melhor administrada". A Schneider Electric, que reafirmou suas metas para o médio prazo, teve alta de 1,78%.

Madri, Milão e Lisboa

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou com alta de 93,90 pontos (0,93%), a 10.189,30 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, teve ganho de 76,01 pontos (0,37%), a 20.639,08 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 avançou 42,66 pontos (0,55%), fechando a 7.824,71 pontos. As informações são da Dow Jones.

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