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Euro sobe, mas luta para manter alta em meio à Espanha

A moeda única europeia ganha terreno em relação ao dólar, iene e libra, mas o avanço é limitado

Notas de euro (AFP)

Notas de euro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2012 às 10h06.

O euro opera em alta na sessão europeia nesta sexta-feira, mas luta para manter os ganhos em meio a dúvidas que surgem sobre o orçamento da Espanha para 2013, enquanto os investidores aguardam a publicação dos testes de estresse com bancos espanhóis e observam a alta do yield (retorno ao investidor) dos bônus de dez anos do país, que voltou a ultrapassar 10%.

A moeda única europeia ganha terreno em relação ao dólar, iene e libra, mas o avanço é limitado por falhas apontadas por analistas no plano orçamentário espanhol, que foi apresentado na quinta-feira (27) e teve uma recepção inicial positiva. Madri tem o objetivo de cortar os gastos públicos em 40 bilhões de euros (US$ 51 bilhões).

"Tudo mundo sabe que esse é um orçamento significativo por causa das reformas em que trará, mas há buracos, principalmente no que diz respeito à meta fiscal (de 4,5%, para o ano que vem)", disse Jane Foley, estrategista de câmbio do Rabobank em Londres.

Para Foley, o orçamento é mais um passo em direção a um pacote de ajuda integral para a Espanha, "o que é encorajador do ponto de vista do mercado", mas a analista lembrou que Madri continua relutante em pedir ajuda do Banco Central Europeu (BCE).

O momento é de cautela nos mercados financeiros, que esperam o resultado dos testes de estresse feitos com bancos espanhóis, cuja divulgação está prevista para as 13h (de Brasília). Além disso, há a expectativa de que a Moody's conclua sua revisão dos ratings da Espanha, que poderá ser rebaixada para grau especulativo.

Os últimos dados da Europa também alimentam a cautela. Na França, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento nulo no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores.

Ainda nesta manhã, sairá uma série de indicadores relevantes nos EUA, incluindo dados de renda pessoal e gastos com consumo, o índice de atividade industrial de Chicago e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

Já o iuane bateu seu maior nível ante o dólar desde que Pequim adotou medidas de flexibilização cambial há sete anos, devido a ajustes de posição antes do início do feriado público de uma semana na China. O dólar chegou a recuar a 6,2856 iuanes, a máxima da moeda desde julho de 2005.

Às 9h21 (horário de Brasília), o euro subia a US$ 1,2922, de US$ 1,2913 no fim da quinta-feira em Nova York. O dólar era negociado em 77,62 ienes, ante 77,60 ienes ontem. O índice do dólar do Wall Street Journal, que acompanha o dólar em relação a uma cesta de moedas principais, estava em 69,44, ante 69,47. As informações são da Dow Jones.

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