Mercados

Estoques menores levam petróleo a recuar

Os mercados da commodity são pressionados pelos últimos dados de emprego dos Estados Unidos e altos níveis de estoques


	Barris de petróleo: às 7h59 (pelo horário de Brasília), o petróleo para dezembro negociado na Nymex recuava 1,14%, a US$ 97,18 por barril
 (AFP)

Barris de petróleo: às 7h59 (pelo horário de Brasília), o petróleo para dezembro negociado na Nymex recuava 1,14%, a US$ 97,18 por barril (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 08h17.

Londres - Os futuros de petróleo operam em baixa nesta quarta-feira, 23, com o contrato em Nova York recuando a seu menor valor desde julho e os mercados da commodity pressionados pelos últimos dados de emprego dos Estados Unidos e altos níveis de estoques.

O relatório de emprego dos EUA referente a setembro deixou a desejar e acabou tendo impacto em vários mercados após ser divulgado ontem, com atraso por causa da recente paralisação parcial do governo norte-americano.

Já os dados mais recentes de estoques de petróleo dos EUA, para a semana até o último dia 18, vão ser publicados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) às 12h30 (pelo horário de Brasília). Os números da semana anterior, que também saíram atrasados na segunda-feira, mostraram um aumento bem maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto, de 4 milhões de barris.

"Após o indicador de emprego, as expectativas são fracas" para os estoques, comentou Thina M. Saltvedt, analista sênior de petróleo do Nordea Bank.

Segundo Thina, a maioria dos investidores espera que o relatório do DoE mostre que os mercados estão bem abastecidos. Essa situação e a desaceleração da atividade econômica deixam pouca margem para a alta dos preços do petróleo.


A analista destacou que o número de estoques vai refletir o período da paralisação federal nos EUA, quando 800 mil funcionários públicos ficaram em casa. "Será interessante ver se isso teve efeito (nos estoques) de diesel e gasolina", comentou Thina.

Fora dos EUA, o quadro também aponta para preços mais baixos no curto prazo. Em setembro, a demanda por petróleo da China foi 1,7% menor do que um ano antes, "uma rara ocorrência", de acordo com Torbjorn Kjus, da DNB Markets. Seu cálculo se baseia em dados chineses de petróleo e produtos derivados divulgados na terça-feira, 22.

A DNB constatou que, embora as importações de petróleo do gigante asiático tenham atingido o recorde de 6,3 milhões de barris por dia no mês passado, a demanda das refinarias do país diminuiu.

Às 7h59 (pelo horário de Brasília), o petróleo para dezembro negociado na Nymex recuava 1,14%, a US$ 97,18 por barril, enquanto o brent com vencimento para o mesmo mês tinha queda de 0,59%, a US$ 109,32 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresEnergiaPetróleo

Mais de Mercados

Powell indicará queda de juros em setembro? O que esperar de discurso em Jackson Hole

Ibovespa fecha acima de 135 mil pontos pela primeira vez na história

Arábia Saudita quer completar uma missão: 'comprar o mundo'

Boletim Focus, Jackson Hole e eleições americanas: os assuntos que movem o mercado

Mais na Exame