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Empurrado por Petrobras, Ibovespa cai 1,98% no dia

Papéis da empresa fecharam em baixa de 2,44%; ações dos setores de siderurgia e construção civil também fecharam em baixa

O resultado desta segunda fez a bolsa acumular queda de 9% em 2011 (Marcel Salim/EXAME.com)

O resultado desta segunda fez a bolsa acumular queda de 9% em 2011 (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 18h23.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou hoje o mercado externo e fechou em queda, mas com uma dimensão muito maior. No pior momento, o índice Bovespa chegou a recuar aos 62 mil pontos, mas, no final, conseguiu se sustentar acima disso, mas com perda ao redor de 2%. O tombo foi generalizado e conduzido pelas ações da Petrobras, de empresas siderúrgicas e da construção civil.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,98%, aos 63.067,73 pontos. Na mínima, atingiu 62.960 pontos (-2,15%) e, na máxima, os 64.512 pontos (+0,27%). No mês, o índice recua 2,40% e, no ano acumula baixa de 9%. O giro financeiro totalizou R$ 5,99 bilhões. Os dados são preliminares.

Num dia de agenda fraca e diante de incertezas no quadro externo, os investidores, justificaram os analistas, resolveram embolsar os ganhos acumulados nas duas últimas semanas, de quase 2,8%. A queda de preço das matérias-primas (commodities) negociadas em bolsa, ou a perspectiva de retração delas em razão do cenário de desaceleração econômica global, acabou pegando mais forte na Bovespa, com suas ações ligadas às matérias-primas.

Petrobras foi um dos principais destaques negativos desta segunda-feira , ao cair mais de 2% em dia de retração dos preços do petróleo. Petrobras ON perdeu 2,13%, Petrobras PN cedeu 2,44% e OGX ON caiu 3,80%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo fechou abaixo de US$ 100 pela primeira vez desde 24 de maio: US$ 99,01 o contrato para julho, com recuo de 1,21%. Os metais não fecharam numa trajetória única, mas a Vale também terminou com perdas: -0,77% na ON e -0,92% na PNA.

O setor siderúrgico também foi destaque negativo na Bolsa brasileira, assim como as construtoras. Gerdau PN, -2,80%, Metalúrgica Gerdau PN, -2,10%, Usiminas PNA, -4,11%, CSN ON, -3,58%, Rossi ON, -4,17%, Bisa ON, -5%, Cyrela ON, -3,78%, Gafisa ON, -2,89%, MRV ON, -3,18%.

Nos EUA, as bolsas terminaram em queda, em dia de agenda esvaziada e à espera de discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, amanhã. O índice Dow Jones teve perda de 0,50%, aos 12.089,96 pontos, o S&P-500 recuou 1,08%, aos 1.286,17 pontos, e o Nasdaq terminou com retração de 1,11%, aos 2.702,56 pontos.

Na Europa, as bolsas ficaram no vermelho pela quarta sessão seguida, com as preocupações com a situação da dívida grega mantendo o ambiente nervoso nas praças da região.

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