Eleições no Chile: Vantagem da direita impulsiona rali
O peso e o mercado acionário do Chile reagiram com ganhos aos resultados do primeiro turno das eleições presidenciais
Bloomberg
Publicado em 22 de novembro de 2021 às 13h35.
Última atualização em 23 de novembro de 2021 às 18h40.
O peso e o mercado acionário do Chile reagiram com ganhos aos resultados do primeiro turno das eleições presidenciais, que deram vantagem ao candidato conservador e o controle da metade do Senado para a direita, o que reduz significativamente as chances de a esquerda reformular o modelo econômico de livre mercado do país.
O peso chileno chegou a subir 3,5%, o maior ganho intradiário desde novembro de 2019. O índice acionário de referência S&P IPSA deu um salto de 9,4%, o melhor desempenho do mundo entre as principais bolsas na segunda-feira e a maior alta desde março de 2020.
O candidato conservador José Antonio Kast obteve 27,9% dos votos no domingo, seguido pelo esquerdista Gabriel Boric, com 25,8%, segundo dados da agência eleitoral Servel.
Embora os números estejam em linha com as últimas pesquisas de opinião, era a campanha de Kast que comemorava na noite passada, enquanto Boric buscava animar simpatizantes e se aproximar do centro. Pesquisa de opinião realizada pouco antes das eleições no domingo indica que o segundo turno será muito disputado, o que dificulta as previsões.
“A única coisa que ficou clara com os resultados de ontem é que o Chile rejeitou uma mudança agressiva à esquerda”, disse Daniel Rico, estrategista de câmbio da RBC Capital Markets, em Nova York. Quem quer que ganhe precisará “encontrar consenso em políticas práticas e centristas”.
Os chilenos voltarão às urnas em 19 de dezembro para o segundo turno.