Eleições gregas não devem afetar o mercado, dizem analistas
Efeito das eleições parlamentares na Grécia será amortecido pelo isolamento do país em relação ao sistema financeiro da zona do euro, segundo especialistas
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 13h39.
Atenas - Enquanto os gregos participam de eleições parlamentares neste domingo, investidores se preparam para maior volatilidade nos mercados.
Entretanto, alguns analistas afirmam que o impacto do resultado deve ser reduzido. Apesar de ser extremamente importante para o futuro da Grécia , seu efeito será amortecido pelo isolamento do país em relação ao sistema financeiro da zona do euro e pelo programa de estímulos conhecido como relaxamento quantitativo (QE) anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) na última quinta-feira, afirmou Lucy O'Carroll, economista da Aberdeen Asset Management.
Analistas do AXA Investment Management disseram que os mercados podem ser mais voláteis após a eleição. "A incerteza causada pelas negociações entre a Grécia e os credores internacionais deve pesar sobre ativos de risco, pelo menos na zona do euro". No entanto, eles completam que mesmo que o partido esquerdista Syriza seja vitorioso, as eleições na Grécia devem ter efeito apenas "marginal".
Os mercados na Europa ainda estão digerindo o impacto do anúncio do BCE do programa de relaxamento quantitativo. Além disso, o Banco Central da Suíça (SNB, na sigla em inglês) surpreendeu ao remover o limite para as cotações do franco suíço em relação ao euro. De acordo com os analistas, esses fatos ainda têm efeito nos mercados.
Nos últimos dois anos desde que o governo grego entrou em crise, os bancos europeus reduziram sua exposição aos bancos do país. Os mercados ainda exigem juros de 10% em empréstimos de dois anos e meio à Grécia, uma vez que investidores cobram mais para emprestar a curto prazo quando estão preocupados com a perspectiva de um default.
Os mercados não devem eliminar a possibilidade de algum contágio da Grécia, afirmou Peter Westaway, economista-chefe da Vanguard Asset Management. "A Grécia ainda está debilitada, mas há uma visão de que o país está completamente fora do radar", explica ele.
Pesquisas de opinião divulgadas na sexta-feira indicam que o Syriza deve conquistar a maioria dos votos, sem, no entanto, obter a maioria parlamentar, o que vai obrigá-lo a fazer alianças para formar um governo de coalizão. Fonte: Dow Jones Newswires.
Atenas - Enquanto os gregos participam de eleições parlamentares neste domingo, investidores se preparam para maior volatilidade nos mercados.
Entretanto, alguns analistas afirmam que o impacto do resultado deve ser reduzido. Apesar de ser extremamente importante para o futuro da Grécia , seu efeito será amortecido pelo isolamento do país em relação ao sistema financeiro da zona do euro e pelo programa de estímulos conhecido como relaxamento quantitativo (QE) anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) na última quinta-feira, afirmou Lucy O'Carroll, economista da Aberdeen Asset Management.
Analistas do AXA Investment Management disseram que os mercados podem ser mais voláteis após a eleição. "A incerteza causada pelas negociações entre a Grécia e os credores internacionais deve pesar sobre ativos de risco, pelo menos na zona do euro". No entanto, eles completam que mesmo que o partido esquerdista Syriza seja vitorioso, as eleições na Grécia devem ter efeito apenas "marginal".
Os mercados na Europa ainda estão digerindo o impacto do anúncio do BCE do programa de relaxamento quantitativo. Além disso, o Banco Central da Suíça (SNB, na sigla em inglês) surpreendeu ao remover o limite para as cotações do franco suíço em relação ao euro. De acordo com os analistas, esses fatos ainda têm efeito nos mercados.
Nos últimos dois anos desde que o governo grego entrou em crise, os bancos europeus reduziram sua exposição aos bancos do país. Os mercados ainda exigem juros de 10% em empréstimos de dois anos e meio à Grécia, uma vez que investidores cobram mais para emprestar a curto prazo quando estão preocupados com a perspectiva de um default.
Os mercados não devem eliminar a possibilidade de algum contágio da Grécia, afirmou Peter Westaway, economista-chefe da Vanguard Asset Management. "A Grécia ainda está debilitada, mas há uma visão de que o país está completamente fora do radar", explica ele.
Pesquisas de opinião divulgadas na sexta-feira indicam que o Syriza deve conquistar a maioria dos votos, sem, no entanto, obter a maioria parlamentar, o que vai obrigá-lo a fazer alianças para formar um governo de coalizão. Fonte: Dow Jones Newswires.