EcoRodovias (ECOR3) contrata crédito de R$ 4,2 bilhões com BNDES e Banco da Amazônia
As linhas são de longo prazo, com um prazo de vencimento marcado para setembro de 2051 e garantem os recursos necessários para os investimentos da companhia nos próximos 10 anos
Roberto Bodetti
Publicado em 18 de julho de 2022 às 19h19.
Última atualização em 18 de julho de 2022 às 19h20.
A EcoRodovias (ECOR3) comunicou ao mercado nessa segunda-feira, 18, a aprovação de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco da Amazônia (BAZA3) que totalizam R$ 4,2 bilhões de reais.
As linhas de crédito da EcoRodovias são de longo prazo, com um prazo de vencimento marcado para setembro de 2051. O financiamento é composto por:
- Debêntures incentivadas: Estruturados pelo BNDES e liquidados no dia 14 de julho de 2022, em um valor total de R$ 600 milhões e ao custo de IPCA + 6,66% ao ano e com vencimento em julho de 2051;
- Financiamento BNDES: No valor total de R$ 3,1 bilhões, será pago conforme o andamento do cronograma das obras, ao custo de IPCA + 7,7% ao ano, e com vencimento em julho de 2051;
- Financiamento Banco da Amazônia: Tem o valor total de R$ 461 milhões e assim como o financiamento do BNDES, será pago conforme o andamento do cronograma de obras, ao custo de IPCA + 2,51% ao ano, e com vencimento em julho de 2046.
O CEO da EcoRodovias, Marcello Guidotti, disse que o valor contratado será importante para a conclusão de projetos da companhia na próxima década.
"Estas linhas de crédito atendem às necessidades de financiamento previstas para a Ecovias do Araguaia e são consistentes com o nosso objetivo de redução do custo de capital. Combinado com a geração de caixa operacional esperada, asseguram que os recursos necessários para a realização dos investimentos da Concessionária estarão disponíveis conforme necessidade pelos próximos 10 anos”, afirmou Guidotti.
Resultados da EcoRodovias (ECOR3) no 1T22
No primeiro trimestre de 2022, a EcoRodovias teve um lucro líquido de R$ 16,9 milhões, representando uma queda de 81,2% se comparado com o mesmo período no ano passado.
De acordo com a companhia, o resultado pode ser justificado pela queda do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida ajustado), que recuou 17,3% no primeiro trimestre numa comparação ano a ano, um total de R$ 475,8 milhões.
Por fim, a receita líquida ajustada da empresa de janeiro a março foi de R$ 769,6 milhões, uma queda de 8% se comparado com o mesmo trimestre em 2021.