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Dólar vai a R$2,45, maior nível em quase 5 anos

Moeda avançou mais de 2% diante de forte movimento especulativo e sinais de redução do estímulo do FED nos EUA

Moedas sobre nota de dólar: moeda avançou 2,39 por cento, para 2,4512 reais na venda, após tocar 2,4523 reais na máxima do dia (Stephen Hilger/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 17h25.

São Paulo - O dólar avançou mais de 2 por cento ante o real e renovou a máxima em quase cinco anos ao chegar ao patamar de 2,45 reais, diante de forte movimento especulativo e após investidores interpretarem a ata da última reunião do Federal Reserve como um sinal de que a redução do estímulo nos Estados Unidos está próxima.

O movimento aconteceu mesmo com a forte atuação do Banco Central brasileiro, que fez dois leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a venda futura de dólares--, anunciou mais um para a próxima sessão e, após o fechamento dos negócios, divulgou que fará um leilão de linha na quinta-feira.

O dólar avançou 2,39 por cento, para 2,4512 reais na venda, após tocar 2,4523 reais na máxima do dia. É o maior nível de fechamento desde 9 de dezembro de 2008, quando ficou em 2,473 reais na venda, auge da crise internacional.

"O mercado lá fora piorou devido ao FED e, como aqui o mercado está estupidamente especulativo, a notícia que era um pouco ruim lá fora fica aqui péssima", afirmou o operador de uma corretora internacional.

A ata da última reunião do FED mostrou que apenas alguns integrantes do banco central norte-americano acreditam que o momento de reduzir o estímulo monetário no país está próximo, mas fez pouco para dissuadir a expectativa disseminada de que isso deve ocorrer já em setembro.

Investidores mantêm os olhos abertos para quaisquer sinais sobre a eventual redução do ritmo de compra de títulos do FED, uma vez que, quando ocorrer, reduzirá a oferta de dólares nos mercados globais, catapultando as cotações da divisa dos EUA.

No entanto, o avanço do dólar no Brasil era mais forte do que o observado em relação a outras moedas de países emergentes.

Sobre uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de 0,5 por cento.

"O negócio perde um pouco a lógica, vendo o tamanho da valorização da moeda comparada com outros países", disse o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold.

Segundo ele, a pressão de fortalecimento do dólar vem principalmente do mercado futuro, com o que chamou de um "ataque especulativo" à moeda, e que as condições de liquidez no mercado à vista estão normais. Essa tese é corroborada pelos dados mais recentes do fluxo cambial, que mostraram entrada líquida de 812 milhões de dólares na semana passada.

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O dólar avançou 2,39 por cento, para 2,4512 reais na venda, após tocar 2,4523 reais na máxima do dia. É o maior nível de fechamento desde 9 de dezembro de 2008, quando ficou em 2,473 reais na venda, auge da crise internacional.

"O mercado lá fora piorou devido ao FED e, como aqui o mercado está estupidamente especulativo, a notícia que era um pouco ruim lá fora fica aqui péssima", afirmou o operador de uma corretora internacional.

A ata da última reunião do FED mostrou que apenas alguns integrantes do banco central norte-americano acreditam que o momento de reduzir o estímulo monetário no país está próximo, mas fez pouco para dissuadir a expectativa disseminada de que isso deve ocorrer já em setembro.

Investidores mantêm os olhos abertos para quaisquer sinais sobre a eventual redução do ritmo de compra de títulos do FED, uma vez que, quando ocorrer, reduzirá a oferta de dólares nos mercados globais, catapultando as cotações da divisa dos EUA.

No entanto, o avanço do dólar no Brasil era mais forte do que o observado em relação a outras moedas de países emergentes.

Sobre uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de 0,5 por cento.

"O negócio perde um pouco a lógica, vendo o tamanho da valorização da moeda comparada com outros países", disse o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold.

Segundo ele, a pressão de fortalecimento do dólar vem principalmente do mercado futuro, com o que chamou de um "ataque especulativo" à moeda, e que as condições de liquidez no mercado à vista estão normais. Essa tese é corroborada pelos dados mais recentes do fluxo cambial, que mostraram entrada líquida de 812 milhões de dólares na semana passada.

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