Dólar tem leves oscilações após alívio de tensões entre EUA e China
Às 10:10, o dólar avançava 0,09 por cento, a 3,7599 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,55 por cento, 3,7567 reais
Reuters
Publicado em 13 de novembro de 2018 às 09h25.
Última atualização em 13 de novembro de 2018 às 10h19.
São Paulo - O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta terça-feira, em dia de alívio nas tensões comerciais no mercado externo após a divulgação de conversas entre Estados Unidos e China, mas com o noticiário político doméstico em foco e contendo movimentos mais intensos.
Às 10:10, o dólar avançava 0,09 por cento, a 3,7599 reais na venda, depois de terminar a sessão anterior em alta de 0,55 por cento, 3,7567 reais. O dólar futuro tinha queda de 0,15 por cento.
Na sexta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, retomou as discussões com o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, com os dois conversando por telefone, informou o jornal Wall Street Journal na segunda-feira citando fontes.
Além disso, o South China Morning Post informou que o principal negociador comercial da China, Liu He, pode visitar Washington para se preparar para as conversas entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 na Argentina neste mês.
"Com essa possível visita ainda em aberto, e tendo como pano de fundo um petróleo em baixa considerável nos últimos dias, cautela com Brexit e Itália, além dos EUA firmes no processo de aperto monetário, parece difícil uma recuperação expressiva do bom humor no dia de hoje", escreveu a H.Commcor Corretora em relatório.
"(O bom humor) parece só ter motivos para ocorrer em caso de sinalizações de eventual acordo comercial entre EUA e China ou alguma surpresa bastante animadora em termos de Brexit e/ou Itália", acrescentou.
No mercado externo, o dólar operava com leve baixa ante a cesta de moedas, em dia de recuperação do euro nesta terça-feira que marca o prazo final dado pela Comissão Europeia para a Itália ajustar seu orçamento.
O dólar também caía ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o rublo.
Internamente, o noticiário político seguia em evidência, ainda com a indefinição sobre o comando do Banco Central e um dia depois de o presidente eleito Jair Bolsonaro ter dito ser muito difícil votar qualquer reforma da Previdência ainda neste ano.
Nesta manhã, Bolsonaro anunciou a indicação do general da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva, atual assessor especial do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para o cargo de ministro da Defesa.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,6 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de 12,217 bilhões de dólares.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.