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Dólar tem leves oscilações ante real, monitorando cena política

Às 10:07, a moeda americana avançava 0,10 por cento, a 3,1413 reais na venda, depois de terminar a véspera a 3,1381 reais

Dólar: Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão (iStock/Thinkstock)

Dólar: Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão (iStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 10h42.

São Paulo - O dólar registrava leves oscilações ante o real nesta quinta-feira, com os investidores ainda monitorando a cena política, à espera de eventual segunda denúncia contra o presidente Michel Temer pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Às 10:07, o dólar avançava 0,10 por cento, a 3,1413 reais na venda, depois de terminar a véspera a 3,1381 reais, em alta de 0,29 por cento. A moeda marcou a mínima de 3,1306 reais e a máxima de 3,1438 reais. O dólar futuro operava praticamente estável.

"Embora esse risco (segunda denúncia) se coloque como potencialmente alto, a leitura de investidores é mais parcimoniosa, em especial pela noção predominante de que a Câmara deverá barrar a 2ª denúncia, assim como fez na 1ª", comentou a corretora H.Commcor em relatório.

A avaliação dos investidores é de que o presidente Michel Temer conseguirá barrar nova denúncia no Congresso, como já fez na primeira ocasião, o que alivia um pouco as tensões.

As apostas sobre a nova denúncia cresceram depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou por unanimidade, na véspera, a arguição de suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, feita pela defesa do presidente Temer.

Janot deixa o cargo no final de semana, substituído por Raquel Dodge a partir de segunda-feira, o que limita o prazo para a nova denúncia.

O STF também decidiu por unanimidade na quarta-feira suspender o julgamento sobre um pedido feito pela defesa de Temer para paralisar uma eventual nova denúncia.

No exterior, o dólar opera misto, em queda ante uma cesta de moedas fortes e em alta ante divisas de países emergentes, como os pesos mexicanos e chileno.

Mais cedo, saíram dois dados mais fortes sobre a economia norte-americana, que poderiam reforçar apostas para uma terceira alta de juros no país ainda este ano. O número de pedidos de auxílio-desemprego, por exemplo, surpreendeu ao cair na semana passada, mas os dados têm que ser relativizados porque foram impactados pelos furacões Irma e Harvey.

Já a inflação ao consumidor subiu 0,4 por cento em agosto ante previsão de elevação de 0,3 por cento. Mas uma das razões para a alta foi o avanço dos custos com gasolina, decorrentes do furacão Harvey, que fechou o fechamento temporário de refinarias.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão, por ora. Em outubro, vencem 9,975 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.

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