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Dólar tem leve alta por aversão ao risco no exterior

Os fracos dados de emprego nos Estados Unidos assustaram os investidores

Às 9h10 (horário de Brasília), o dólar tinha leve alta de 0,05 por cento, a 1,8257 real (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 11h29.

São Paulo - O dólar seguia o movimento dos mercados internacionais e operava em leve alta ante o real nesta segunda-feira, após fracos dados de emprego nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira, reduzirem o apetite por risco dos investidores. Às 10h48 (horário de Brasília), o dólar tinha ligeira alta de 0,20 por cento, a 1,8284 real. Em relação a uma cesta de moedas, a divisa dos Estados Unidos subia 0,1 por cento. O mercado de trabalho nos Estados Unidos teve desempenho bem inferior ao esperado em março, com a criação de 120 mil postos de trabalho, o menor aumento desde outubro. Economistas consultados pela Reuters esperavam que fossem criadas 203 mil vagas de emprego excluindo o setor agrícola. Dados da inflação chinesa também abalavam o sentimento dos investidores, após a divulgação de que a taxa anual do país subiu para 3,6 por cento em março, acima da expectativa dos economistas, que projetavam elevação de 3,3 por cento.

"Essa alta do dólar é uma reação aos dados que foram divulgados enquanto nosso mercado estava fechado, principalmente por causa dos números de emprego dos Estados Unidos", afirmou o gerente financeiro da H.Commcor, Luiz Henrique de Paula. O economista-chefe da Gradual Investimentos, Andre Perfeito, observou, porém, que o ganho do dólar no mercado doméstico é limitado pelo fato de o país ainda atrair grande volume de capital estrangeiro. "A tendência do dólar no curto prazo é de alta, diante de um movimento de realização de lucros nos mercados internacionais", disse o economista. "Mas a apreciação aqui (no Brasil) é pequena, porque ainda atraímos fluxo com a nossa alta taxa de juros." Perfeito acredita, no entanto, que o mercado não acha "razoável" o dólar se afastar muito de 1,80 real, pois espera que o governo ficará vigilante em relação a uma possível apreciação do real. O Banco Central tem realizado leilões de compra de dólares no mercado à vista, levando os investidores a acreditar na defesa de um patamar de 1,80 real. Desde 12 de março, a divisa dos Estados Unidos não fecha uma sessão abaixo desse nível. Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,19 por cento, cotada a 1,8247 na venda, na segunda sessão consecutiva sem intervenção do BC.

*Matéria atualizada às 11h26

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"Essa alta do dólar é uma reação aos dados que foram divulgados enquanto nosso mercado estava fechado, principalmente por causa dos números de emprego dos Estados Unidos", afirmou o gerente financeiro da H.Commcor, Luiz Henrique de Paula. O economista-chefe da Gradual Investimentos, Andre Perfeito, observou, porém, que o ganho do dólar no mercado doméstico é limitado pelo fato de o país ainda atrair grande volume de capital estrangeiro. "A tendência do dólar no curto prazo é de alta, diante de um movimento de realização de lucros nos mercados internacionais", disse o economista. "Mas a apreciação aqui (no Brasil) é pequena, porque ainda atraímos fluxo com a nossa alta taxa de juros." Perfeito acredita, no entanto, que o mercado não acha "razoável" o dólar se afastar muito de 1,80 real, pois espera que o governo ficará vigilante em relação a uma possível apreciação do real. O Banco Central tem realizado leilões de compra de dólares no mercado à vista, levando os investidores a acreditar na defesa de um patamar de 1,80 real. Desde 12 de março, a divisa dos Estados Unidos não fecha uma sessão abaixo desse nível. Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,19 por cento, cotada a 1,8247 na venda, na segunda sessão consecutiva sem intervenção do BC.

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