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Dólar sobe para R$ 3,18 com cautela sobre reforma da Previdência

Às 10:27, a moeda americana avançava 0,69 por cento, a 3,1803 reais na venda, depois de bater em 3,1908 reais na máxima da sessão

Dólar: valorização do dólar ante o real também era influenciada pelo mercado externo (Getty Images/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2017 às 10h47.

São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta quinta-feira, com os investidores cautelosos sobre os próximos passos da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar a economia nos eixos, na Câmara dos Deputados.

Às 10:27, o dólar avançava 0,69 por cento, a 3,1803 reais na venda, depois de bater em 3,1908 reais na máxima da sessão. O dólar futuro tinha alta de 0,50 por cento.

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"O texto passou, mas o governo teve que negociar muito para chegar onde chegou, fez muitas concessões. Há preocupação agora com o que vai ter que ceder para conseguir aprovar em plenário", comentou a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.

Na noite passada e após flexibilizações e horas de debate, a comissão especial da reforma da Previdência aprovou o texto-base da proposta, mas o placar não indicou vitória com folga mais à frente no plenário da Câmara dos Deputados. A avaliação política é de que o governo do presidente Michel Temer ainda não tem maioria para garantir vitória na Casa.

O texto foi chancelado por 23 dos 37 integrantes da comissão, o equivalente a 62 por cento dos votos. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários 308 votos favoráveis em dois turnos de votação no plenário para aprová-la, ou 60 por cento dos deputados.

A comissão especial ainda precisa votar os destaques ao texto principal, o que pode abrir mais concessões ainda ao texto original. O Palácio do Planalto decidiu esperar a votação da reforma trabalhista pelo Senado para só então tentar aprovar a Previdência, disseram à Reuters fontes palacianas na véspera.

A valorização do dólar ante o real também era influenciada pelo mercado externo, em dia de forte recuo dos preços das commodities e após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ter deixado a porta aberta para aumento dos juros já em junho. O dólar subia ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

"(O Fed) considerou transitória a fraqueza do crescimento dos EUA do primeiro trimestre e elogiou o estreitamento do mercado de trabalho. Como resultado, o mercado de títulos aposta num aumento dos juros em junho", informou o banco suíço Julius Baer em comentário assinado pelo chefe do departamento de pesquisa de renda fixa, Markus Allenspach.

No exterior, o euro subia ante o dólar depois que o candidato centrista Emmanuel Macron foi considerado vitorioso no debate com Marine Le Pen para a disputa pela Presidência da França. O dólar tinha leve baixa ante uma cesta de moedas

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em junho, vencem 4,435 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

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