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Dólar sobe e encosta em R$3,20 acompanhando avanço no exterior

Na véspera, a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, afirmou que o banco central norte-americano precisa continuar com altas graduais dos juros

Dólar: "O plano pode dar impulso à economia norte-americana e isso anima o dólar" (foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 17h27.

São Paulo - O dólar subiu durante toda a sessão e chegou a tocar no patamar de 3,20 reais nesta quarta-feira, em sintonia com o comportamento da moeda no exterior após a chair do Federal Reserve ter reforçado as apostas de alta de juros nos Estados Unidos e diante do otimismo com a reforma fiscal do presidente Donald Trump.

O dólar avançou 0,84 por cento, a 3,1931 reais na venda, maior nível desde os 3,2020 reais de 14 de agosto.

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Na máxima da sessão, a moeda foi a 3,2017 reais. O dólar futuro tinha valorização de cerca de 0,80 por cento.

"A alta é um mix, com efeito prolongado da Yellen e também com expectativa pelo anúncio de Trump sobre impostos", explicou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Na véspera, a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, afirmou que o banco central norte-americano precisa continuar com altas graduais dos juros, mesmo com a inflação fraca.

Além disso, o mercado trabalhou o dia todo à espera do anúncio, pelo presidente Donald Trump, da proposta sobre o sistema tributário, que inclui redução de impostos para empresas e para os mais ricos. Os detalhes começaram a ser apresentados nos minutos finais do pregão.

"O plano pode dar impulso à economia norte-americana e isso anima o dólar", acrescentou Spyer.

No exterior, o dólar operava com alta firme ante uma cesta de moedas, com o euro tendo atingido a mínima em cerca de um mês.

O dólar também tinha forte elevação ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano, a lira turca e o rand sul-africano.

Internamente, os investidores acompanharam os leilões de petróleo e das usinas de energia da Cemig, de olho na atratividade dos ativos domésticos. Este último acabou gerando 12 bilhões de reais em receita, 1 bilhão de reais a mais do que o mínimo esperado. Já a 14ª rodada de licitação das áreas de petróleo e gás terminou com bônus total recorde de 3,842 bilhões de reais.

O BC vendeu integralmente a oferta de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda futura de dólares-- no leilão para rolagem do vencimento de outubro. Desta forma, até agora já foram rolados 5,4 bilhões de dólares do total de 9,975 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

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