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Dólar sobe de olho em cena política

Às 10h01, o dólar avançava 0,29%, a 3,8571 reais na venda, depois de fechar a véspera com queda de 0,49%

Dólar: cena política eleitoral no Brasil ainda está no radar dos investidores (Yekorzh/Thinkstock)

Dólar: cena política eleitoral no Brasil ainda está no radar dos investidores (Yekorzh/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2018 às 09h27.

Última atualização em 18 de julho de 2018 às 10h19.

São Paulo - O dólar tinha leve alta frente ao real nesta quarta-feira, seguindo o mercado externo ainda de olho na política monetária dos Estados Unidos e num movimento de alguma correção, após ter recuado na véspera.

A cena política eleitoral no Brasil ainda continuava no radar dos investidores, num momento importante para a consolidação de eventuais chapas.

Às 10:01, o dólar avançava 0,29 por cento, a 3,8571 reais na venda, depois de fechar a véspera com queda de 0,49 por cento. O dólar futuro era negociado com alta de cerca de 0,50 por cento no final da tarde.

"Aqui, após o movimento de valorização do real no encerramento dos negócios na sessão de ontem, em decorrência do vigoroso fluxo de ingresso de recursos no país, é provável que a divisa estrangeira recupere parte das perdas de ontem", trouxe a corretora Correparti em relatório.

O dólar caminhava para a máxima de um ano frente a uma cesta de moedas após declarações otimistas do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a força da economia norte-americana.

Powell acabou reforçando as expectativas de que o banco central norte-americano elevará os juros mais duas vezes neste ano e de maneira gradual, o que trouxe alívio para os mercados. Os operadores também viram sinais de que as autoridades estão confortáveis com o aumento de quase 6 por cento do dólar em relação às divisas rivais nos últimos três meses.

Juros elevados têm potencial de atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

O dólar também subia frente a moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Internamente, os investidores ficavam cada vez mais cautelosos com a eleição presidencial de outubro, na reta final para os partidos confirmarem suas pré-candidaturas e eventuais coligações. O mercado teme que um candidato que considere menos comprometido com ajustes fiscais possa ganhar tração.

O Banco Central anunciou leilão de até 14 mil swaps tradicionais para esta sessão, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de 14,023 bilhões de dólares.

Por enquanto, não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para este pregão.

 

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