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Dólar sobe com dados fiscais e PIB fraco dos EUA

Moeda terminou cotada a R$ 2,3420 no balcão, com valorização de 0,86%

Cédulas de dólar: giro financeiro no mercado à vista era de US$ 1,455 bilhão até 16h45, segundo a clearing de câmbio da BM&FBovespa (Juan Barreto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 17h29.

São Paulo - A decepção com os dados fiscais anunciados nesta sexta-feira, 28, pelo governo voltou a trazer a desconfiança em relação ao Brasil para as mesas, o que provocou avanço do dólar ante o real. Nem mesmo o inesperado leilão de linha, no valor de até US$ 1,8 bilhão, feito hoje pelo Banco Central, conseguiu impedir a valorização do dólar, que terminou cotado a R$ 2,3420 no balcão, com valorização de 0,86%. Além disso, o PIB dos EUA também ficou abaixo do estimado inicialmente, dando sua contribuição para o avanço da moeda norte-americana.

O giro financeiro no mercado à vista era de US$ 1,455 bilhão até 16h45, segundo a clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para abril subia 1,22%, a R$ 2,3630, com movimento de cerca de US$ 21 bilhões.

A principal decepção com os números fiscais veio do Governo Central. Segundo o Tesouro Nacional, o superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foi de R$ 12,954 bilhões em janeiro. O piso das projeções era de R$ 13,0 bilhões. O resultado apresentou uma queda de 50,7% em relação ao obtido em igual mês do ano passado e uma retração de 10,4% na comparação com dezembro de 2013. Enquanto as despesas do Governo Central cresceram 19,5%, as receitas avançaram 6,6% em relação a igual período de 2013. As receitas totalizaram R$ 125,062 bilhões e as despesas somaram R$ 90,112 bilhões em janeiro.

Depois, os resultados do setor público consolidado apenas confirmaram a piora de percepção. O setor público apresentou superávit primário de R$ 19,921 bilhões em janeiro, segundo o Banco Central. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas colhidas pelo AE Projeções, de R$ 20 bilhões a R$ 27 bilhões. Em dezembro, o resultado havia sido positivo em R$ 10,407 Os governos regionais (Estados e municípios) contribuíram com R$ 7,241 bilhões no mês. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 131 milhões. Em 12 meses até janeiro, as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 80,976 bilhões em 12 meses até janeiro, o equivalente a 1,67% do PIB. O esforço fiscal caiu em relação a dezembro, quando o superávit em 12 meses estava em 1,90% do PIB ou R$ 91,306 bilhões.

O Banco Central até fez um leilão extraordinário de linha com recompra programada de US$ 1,8 bilhão no mesmo horário do anúncio do PIB norte-americano (10h30), mas a injeção de liquidez via empréstimo de dólares a empresas e bancos por prazo limitado só amenizou pontualmente a pressão compradora. Isso por que o mercado operou sob forte interesse de fundos nacionais e de investidores estrangeiros em fortalecer a taxa Ptax diária, visando melhorar o retorno financeiro na liquidação de suas posições cambiais no próximo dia 5 de março. A Ptax de hoje, de R$ 2,3334, servirá para liquidação e ajustes dos vencimentos cambiais de março de 2014.

No exterior, o principal dado do dia foi o PIB dos EUA. O resultado veio menor do que o estimado inicialmente e também contribuiu para que os investidores buscassem a segurança da moeda norte-americana. O PIB do país cresceu a uma taxa anual de 2,4% entre outubro e dezembro, em linha com a previsão dos analistas. A primeira leitura, anunciada no fim de janeiro, apontava crescimento mais forte no período, de 3,2%.

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O giro financeiro no mercado à vista era de US$ 1,455 bilhão até 16h45, segundo a clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para abril subia 1,22%, a R$ 2,3630, com movimento de cerca de US$ 21 bilhões.

A principal decepção com os números fiscais veio do Governo Central. Segundo o Tesouro Nacional, o superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) foi de R$ 12,954 bilhões em janeiro. O piso das projeções era de R$ 13,0 bilhões. O resultado apresentou uma queda de 50,7% em relação ao obtido em igual mês do ano passado e uma retração de 10,4% na comparação com dezembro de 2013. Enquanto as despesas do Governo Central cresceram 19,5%, as receitas avançaram 6,6% em relação a igual período de 2013. As receitas totalizaram R$ 125,062 bilhões e as despesas somaram R$ 90,112 bilhões em janeiro.

Depois, os resultados do setor público consolidado apenas confirmaram a piora de percepção. O setor público apresentou superávit primário de R$ 19,921 bilhões em janeiro, segundo o Banco Central. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas colhidas pelo AE Projeções, de R$ 20 bilhões a R$ 27 bilhões. Em dezembro, o resultado havia sido positivo em R$ 10,407 Os governos regionais (Estados e municípios) contribuíram com R$ 7,241 bilhões no mês. Já as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 131 milhões. Em 12 meses até janeiro, as contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 80,976 bilhões em 12 meses até janeiro, o equivalente a 1,67% do PIB. O esforço fiscal caiu em relação a dezembro, quando o superávit em 12 meses estava em 1,90% do PIB ou R$ 91,306 bilhões.

O Banco Central até fez um leilão extraordinário de linha com recompra programada de US$ 1,8 bilhão no mesmo horário do anúncio do PIB norte-americano (10h30), mas a injeção de liquidez via empréstimo de dólares a empresas e bancos por prazo limitado só amenizou pontualmente a pressão compradora. Isso por que o mercado operou sob forte interesse de fundos nacionais e de investidores estrangeiros em fortalecer a taxa Ptax diária, visando melhorar o retorno financeiro na liquidação de suas posições cambiais no próximo dia 5 de março. A Ptax de hoje, de R$ 2,3334, servirá para liquidação e ajustes dos vencimentos cambiais de março de 2014.

No exterior, o principal dado do dia foi o PIB dos EUA. O resultado veio menor do que o estimado inicialmente e também contribuiu para que os investidores buscassem a segurança da moeda norte-americana. O PIB do país cresceu a uma taxa anual de 2,4% entre outubro e dezembro, em linha com a previsão dos analistas. A primeira leitura, anunciada no fim de janeiro, apontava crescimento mais forte no período, de 3,2%.

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