Dólar sobe após fala de Tombini sobre swaps gerar ruído
Às 12h27, moeda norte-americana subia 0,82 por cento, a 3,1711 reais na venda, depois de recuar mais cedo 1,68 por cento
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2015 às 12h44.
São Paulo - O dólar tinha mais um dia de volatilidade e voltou a subir ante o real nesta terça-feira, à medida que investidores ponderavam as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , sobre a intervenção do BC no câmbio.
Às 12h27, a moeda norte-americana subia 0,82 por cento, a 3,1711 reais na venda, depois de recuar mais cedo 1,68 por cento, a 3,0924 reais na mínima da sessão. Nas últimas duas sessões, o dólar acumulou queda de 4,59 por cento.
A participação de Tombini em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ocupava o centro das atenções.
O presidente do BC afirmou que o programa de intervenções no câmbio é importante em um momento de normalização da política monetária norte-americana, mas ao mesmo tempo repetiu que o atual estoque de swaps cambiais já dá conta da demanda por proteção cambial.
A maior parte dos agentes financeiros consultados pela Reuters acreditava que a interpretação mais plausível é que o BC pretende acabar com as intervenções diárias no câmbio, mas rolar integralmente os contratos que vencerão nos próximos meses. Mas essa avaliação não vinha sem uma boa dose de dúvidas.
O operador Jefferson Luiz Rugik, da corretora Correparti, viu nas declarações uma "dualidade".
Segundo ele, isso provocou cautela e levou investidores a comprar dólares.
Combinados com o dado de recuperação dos preços ao consumidor norte-americano em fevereiro, que colocou de volta na mesa a possibilidade de uma alta de juros nos EUA em junho, esses ruídos levaram o dólar a anular a queda vista mais cedo e passar a operar em alta ante o real.
O mercado também digeria a decisão de segunda-feira da agência de classificação de risco S&P, divulgada após o fechamento do câmbio a vista, de confirmar a nota soberana do Brasil em "BBB-", com perspectiva "estável, citando as mudanças na condução da política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
O mercado futuro de câmbio, que continuava em atividade, ainda reagiu à notícia da S&P, com o primeiro contrato de dólar ampliando as perdas e fechando com queda de 3,05 por cento, na mínima.
"É um voto de confiança no governo em um momento em que o mercado estava com medo de o Brasil perder o grau de investimento", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.
Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias no câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais.
Todos os contratos vendidos vencem em 1º de dezembro de 2015.
Também foram ofertados contratos para 1º de março de 2016, mas nenhum foi colocado.
A autoridade monetária também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril.
Até agora, rolou cerca de 61 por cento do lote total, que corresponde a 9,964 bilhões de dólares.
São Paulo - O dólar tinha mais um dia de volatilidade e voltou a subir ante o real nesta terça-feira, à medida que investidores ponderavam as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , sobre a intervenção do BC no câmbio.
Às 12h27, a moeda norte-americana subia 0,82 por cento, a 3,1711 reais na venda, depois de recuar mais cedo 1,68 por cento, a 3,0924 reais na mínima da sessão. Nas últimas duas sessões, o dólar acumulou queda de 4,59 por cento.
A participação de Tombini em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado ocupava o centro das atenções.
O presidente do BC afirmou que o programa de intervenções no câmbio é importante em um momento de normalização da política monetária norte-americana, mas ao mesmo tempo repetiu que o atual estoque de swaps cambiais já dá conta da demanda por proteção cambial.
A maior parte dos agentes financeiros consultados pela Reuters acreditava que a interpretação mais plausível é que o BC pretende acabar com as intervenções diárias no câmbio, mas rolar integralmente os contratos que vencerão nos próximos meses. Mas essa avaliação não vinha sem uma boa dose de dúvidas.
O operador Jefferson Luiz Rugik, da corretora Correparti, viu nas declarações uma "dualidade".
Segundo ele, isso provocou cautela e levou investidores a comprar dólares.
Combinados com o dado de recuperação dos preços ao consumidor norte-americano em fevereiro, que colocou de volta na mesa a possibilidade de uma alta de juros nos EUA em junho, esses ruídos levaram o dólar a anular a queda vista mais cedo e passar a operar em alta ante o real.
O mercado também digeria a decisão de segunda-feira da agência de classificação de risco S&P, divulgada após o fechamento do câmbio a vista, de confirmar a nota soberana do Brasil em "BBB-", com perspectiva "estável, citando as mudanças na condução da política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
O mercado futuro de câmbio, que continuava em atividade, ainda reagiu à notícia da S&P, com o primeiro contrato de dólar ampliando as perdas e fechando com queda de 3,05 por cento, na mínima.
"É um voto de confiança no governo em um momento em que o mercado estava com medo de o Brasil perder o grau de investimento", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.
Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias no câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais.
Todos os contratos vendidos vencem em 1º de dezembro de 2015.
Também foram ofertados contratos para 1º de março de 2016, mas nenhum foi colocado.
A autoridade monetária também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril.
Até agora, rolou cerca de 61 por cento do lote total, que corresponde a 9,964 bilhões de dólares.