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Dólar sobe ante real por preocupações com Brasil e Grécia

Às 10h39, a moeda norte-americana subia 0,40 por cento, a 2,8536 reais na venda, após subir 0,38 por cento na véspera

Às 10h39, a moeda norte-americana subia 0,40 por cento, a 2,8536 reais na venda, após subir 0,38 por cento na véspera (Bay Ismoyo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 10h07.

São Paulo - O dólar subia ante o real nesta quinta-feira, com investidores ainda mostrando preocupação com a economia brasileira e o impasse entre a Grécia e seus credores europeus, mas o avanço era limitado por menores apostas na elevação dos juros dos Estados Unidos em junho.

Às 10h39, a moeda norte-americana subia 0,40 por cento, a 2,8536 reais na venda, após subir 0,38 por cento na véspera.

"Na dúvida, o mercado tem comprado dólares. Como tanto aqui quanto lá fora têm sido fontes de incertezas, qualquer queda acaba se mostrando temporária", disse o operador de câmbio da corretora Intercam, Glauber Romano.

A perspectiva de contração econômica neste ano, combinada com inflação alta, tem sido um dos principais fatores por trás da escalada recente da divisa norte-americana. Alguns investidores temem um rebaixamento da classificação de risco brasileira, diminuindo a atratividade de ativos domésticos.

Além disso, o impasse em torno da dívida da Grécia, que também vem contribuindo para a alta do dólar, continuava gerando ruídos.

O governo grego solicitou nesta quinta-feira uma extensão de seis meses de seu programa de resgate, prometendo honrar suas dívidas e não tomar medidas unilaterais que afetem as metas fiscais, segundo documento obtido pela Reuters. Mas o porta-voz do ministério das Finanças da Alemanha afirmou que a proposta não representa uma solução substancial.

"Mais do que tudo, o mercado quer clareza. Chegamos a um ponto em que o mercado ficou cético quanto à Grécia", disse o operador de uma corretora nacional.

Mas a política monetária norte-americana fornecia algum alívio ao câmbio. Na véspera, a ata da última reunião do Federal Reserve mostrou que integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) temem elevar os juros cedo demais, o que diminuiu as apostas em que o aperto monetário nos EUA pode ter início já em junho.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 97,9 milhões de dólares.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 60 por cento do lote total.

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São Paulo - O dólar subia ante o real nesta quinta-feira, com investidores ainda mostrando preocupação com a economia brasileira e o impasse entre a Grécia e seus credores europeus, mas o avanço era limitado por menores apostas na elevação dos juros dos Estados Unidos em junho.

Às 10h39, a moeda norte-americana subia 0,40 por cento, a 2,8536 reais na venda, após subir 0,38 por cento na véspera.

"Na dúvida, o mercado tem comprado dólares. Como tanto aqui quanto lá fora têm sido fontes de incertezas, qualquer queda acaba se mostrando temporária", disse o operador de câmbio da corretora Intercam, Glauber Romano.

A perspectiva de contração econômica neste ano, combinada com inflação alta, tem sido um dos principais fatores por trás da escalada recente da divisa norte-americana. Alguns investidores temem um rebaixamento da classificação de risco brasileira, diminuindo a atratividade de ativos domésticos.

Além disso, o impasse em torno da dívida da Grécia, que também vem contribuindo para a alta do dólar, continuava gerando ruídos.

O governo grego solicitou nesta quinta-feira uma extensão de seis meses de seu programa de resgate, prometendo honrar suas dívidas e não tomar medidas unilaterais que afetem as metas fiscais, segundo documento obtido pela Reuters. Mas o porta-voz do ministério das Finanças da Alemanha afirmou que a proposta não representa uma solução substancial.

"Mais do que tudo, o mercado quer clareza. Chegamos a um ponto em que o mercado ficou cético quanto à Grécia", disse o operador de uma corretora nacional.

Mas a política monetária norte-americana fornecia algum alívio ao câmbio. Na véspera, a ata da última reunião do Federal Reserve mostrou que integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) temem elevar os juros cedo demais, o que diminuiu as apostas em que o aperto monetário nos EUA pode ter início já em junho.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a 97,9 milhões de dólares.

O BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a 10,438 bilhões de dólares, com oferta de até 13 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 60 por cento do lote total.

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