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Dólar sobe a R$ 1,579 com cenário externo nebuloso

São Paulo - O dólar comercial fechou hoje em alta de 0,25%, cotado a R$ 1,579 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda americana acumula alta de 1,15% ante o real e no ano, baixa de 5,11%. O dólar à vista negociado por meio da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) subiu 0,19% […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 17h50.

São Paulo - O dólar comercial fechou hoje em alta de 0,25%, cotado a R$ 1,579 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda americana acumula alta de 1,15% ante o real e no ano, baixa de 5,11%. O dólar à vista negociado por meio da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) subiu 0,19% hoje para R$ 1,578. O euro comercial teve leve baixa de 0,09%, a R$ 2,225. O Banco Central realizou leilão de compra de dólar à tarde, no mercado à vista, no qual definiu a taxa de corte das propostas em R$ 1,5785.

O dólar foi negociado em alta hoje durante toda a sessão, chegou a uma máxima pela manhã de R$ 1,584 (+0,54%), mas desacelerou à tarde. A falta de solução para a crise da dívida na Europa e para o aumento do endividamento dos Estados Unidos mantém o cenário externo nebuloso e ditando o ritmo interno de negócios.

Para analistas e operadores do mercado de câmbio, os testes de resistência com bancos da Europa na semana passada não resgataram a confiança dos investidores no sistema financeiro da zona do euro, porque não levaram em conta os piores cenários de risco. Os testes mostraram que oito dos 90 bancos avaliados pela Autoridade Bancária Europeia não passaram nos testes - cinco espanhóis, dois gregos e um austríaco - e apontou necessidade de capital extra de 2,5 bilhões de euros. O mercado esperava que entre 15 e 20 instituições não fossem aprovadas.

Quanto aos EUA, a dúvida é se o governo conseguirá fechar um acordo com o Congresso até o dia 2 de agosto, para elevar o teto da dívida interna. A agência de classificação de risco Fitch Rating reafirmou hoje que, como US$ 90 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA têm vencimento em 4 de agosto, esse será o primeiro teste depois do prazo de 2 de agosto relacionado ao teto da dívida. O diretor de ratings soberanos da agência Fitch, David Riley, disse que esses títulos serão rebaixados para B+, ou grau especulativo, se o pagamento dos juros não for feito.

No mercado brasileiro, os agentes financeiros dão como certo um outro aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic (juro básico da economia) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na quarta-feira, para 12,50% ao ano, e esperam que o comunicado da reunião do comitê aponte se haverá mais altas do juro básico nos próximos meses. Se o mercado interpretar que há essa possibilidade, crescerá a atratividade das aplicações em real, mas isso não significa que haverá uma reversão do fluxo financeiro negativo para cá, disse o operador José Carlos Amado, da Renascença Corretora. "O ambiente externo indefinido deixa todo mundo na defensiva, sem entusiasmo para assumir grandes posições", afirmou.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar teve alta de 0,42% hoje, cotado a R$ 1,677 na venda e R$ 1,537 na compra. O euro turismo subiu 0,17%, para R$ 2,357 (venda) e R$ 2,187 (compra).

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São Paulo - O dólar comercial fechou hoje em alta de 0,25%, cotado a R$ 1,579 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda americana acumula alta de 1,15% ante o real e no ano, baixa de 5,11%. O dólar à vista negociado por meio da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) subiu 0,19% hoje para R$ 1,578. O euro comercial teve leve baixa de 0,09%, a R$ 2,225. O Banco Central realizou leilão de compra de dólar à tarde, no mercado à vista, no qual definiu a taxa de corte das propostas em R$ 1,5785.

O dólar foi negociado em alta hoje durante toda a sessão, chegou a uma máxima pela manhã de R$ 1,584 (+0,54%), mas desacelerou à tarde. A falta de solução para a crise da dívida na Europa e para o aumento do endividamento dos Estados Unidos mantém o cenário externo nebuloso e ditando o ritmo interno de negócios.

Para analistas e operadores do mercado de câmbio, os testes de resistência com bancos da Europa na semana passada não resgataram a confiança dos investidores no sistema financeiro da zona do euro, porque não levaram em conta os piores cenários de risco. Os testes mostraram que oito dos 90 bancos avaliados pela Autoridade Bancária Europeia não passaram nos testes - cinco espanhóis, dois gregos e um austríaco - e apontou necessidade de capital extra de 2,5 bilhões de euros. O mercado esperava que entre 15 e 20 instituições não fossem aprovadas.

Quanto aos EUA, a dúvida é se o governo conseguirá fechar um acordo com o Congresso até o dia 2 de agosto, para elevar o teto da dívida interna. A agência de classificação de risco Fitch Rating reafirmou hoje que, como US$ 90 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA têm vencimento em 4 de agosto, esse será o primeiro teste depois do prazo de 2 de agosto relacionado ao teto da dívida. O diretor de ratings soberanos da agência Fitch, David Riley, disse que esses títulos serão rebaixados para B+, ou grau especulativo, se o pagamento dos juros não for feito.

No mercado brasileiro, os agentes financeiros dão como certo um outro aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa Selic (juro básico da economia) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na quarta-feira, para 12,50% ao ano, e esperam que o comunicado da reunião do comitê aponte se haverá mais altas do juro básico nos próximos meses. Se o mercado interpretar que há essa possibilidade, crescerá a atratividade das aplicações em real, mas isso não significa que haverá uma reversão do fluxo financeiro negativo para cá, disse o operador José Carlos Amado, da Renascença Corretora. "O ambiente externo indefinido deixa todo mundo na defensiva, sem entusiasmo para assumir grandes posições", afirmou.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar teve alta de 0,42% hoje, cotado a R$ 1,677 na venda e R$ 1,537 na compra. O euro turismo subiu 0,17%, para R$ 2,357 (venda) e R$ 2,187 (compra).

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