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Dólar sobe a quase R$2,10 e mercado vê chance de ação do BC

Com a escassez de dólares no mercado, a moeda pode ficar no patamar de 2,10 reais durante a semana

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 13h32.

São Paulo - O dólar subia em relação ao real nesta segunda-feira, com o mercado pressionado por saídas de dólares típicas de fim de ano, além de aversão ao risco no exterior alimentada por preocupações sobre o "abismo fiscal" dos Estados Unidos.

Operadores esperam que, com a escassez de dólares no mercado, a moeda norte-americana ronde o patamar de 2,10 reais durante a semana, possivelmente forçando o Banco Central a intervir.

A expectativa é de que a autoridade monetária faça leilões de swap cambial tradicional, além de mais leilões de venda de dólares à vista com compromisso de recompra, para defender o que o mercado acredita ser um teto informal de 2,10 reais para o dólar.

Às 14h13, o dólar avançava 0,39 por cento, para 2,0930 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 1,3 bilhão de dólares.

"O mercado está pressionado por causa das saídas dessa semana. Essa é a ultima semana cheia do ano, então devemos ver um fluxo negativo considerável", afirmou um operador de um grande banco nacional em condição de anonimato.

No fim do ano, costuma ocorrer uma maior saída de dólares do país devido ao envio de remessas e dividendos de filiais brasileiras para suas matrizes no exterior. Dados do BC mostram que o fluxo cambial --entrada e saída de moeda estrangeira no país-- iniciou o mês de dezembro negativo, com déficit de 1,350 bilhão de dólares até o dia 7.

Com o objetivo de prover liquidez, a autoridade monetária tem realizado leilões de venda de dólares com compromisso de recompra. Nesta segunda-feira, o BC fez dois leilões desse tipo com liquidação de compra em 18 de janeiro e 19 de fevereiro de 2013.

Segundo operadores, essas operações --também chamadas de leilões de linha-- têm efeito limitado sobre a cotação pois há a recompra conjugada. Por isso acreditam que, se o BC quiser defender um patamar específico, deverá fazer leilões de swap cambial tradicional, equivalentes a venda de dólares no mercado futuro.

"O mercado deve rondar esses 2,10 (reais) e esse é um nível em que o mercado pode ficar apreensivo, esperando intervenção via swap", afirmou o operador, lembrando que o BC fez pesquisa de demanda tanto por leilões de linha como por swaps no último dia 7.

No exterior, o dólar também seguia pressionado devido a preocupações de que os Estados Unidos podem não chegar a um acordo até o final do ano para evitar cortes de gastos e aumentos de impostos que podem enxugar cerca de 600 bilhões de dólares da maior economia do mundo, o chamado "abismo fiscal".

A moeda norte-americana subia 0,30 por cento ante o peso mexicano, enquanto o euro recuava 0,17 por cento em relação ao dólar.

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São Paulo - O dólar subia em relação ao real nesta segunda-feira, com o mercado pressionado por saídas de dólares típicas de fim de ano, além de aversão ao risco no exterior alimentada por preocupações sobre o "abismo fiscal" dos Estados Unidos.

Operadores esperam que, com a escassez de dólares no mercado, a moeda norte-americana ronde o patamar de 2,10 reais durante a semana, possivelmente forçando o Banco Central a intervir.

A expectativa é de que a autoridade monetária faça leilões de swap cambial tradicional, além de mais leilões de venda de dólares à vista com compromisso de recompra, para defender o que o mercado acredita ser um teto informal de 2,10 reais para o dólar.

Às 14h13, o dólar avançava 0,39 por cento, para 2,0930 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o volume negociado estava em torno de 1,3 bilhão de dólares.

"O mercado está pressionado por causa das saídas dessa semana. Essa é a ultima semana cheia do ano, então devemos ver um fluxo negativo considerável", afirmou um operador de um grande banco nacional em condição de anonimato.

No fim do ano, costuma ocorrer uma maior saída de dólares do país devido ao envio de remessas e dividendos de filiais brasileiras para suas matrizes no exterior. Dados do BC mostram que o fluxo cambial --entrada e saída de moeda estrangeira no país-- iniciou o mês de dezembro negativo, com déficit de 1,350 bilhão de dólares até o dia 7.

Com o objetivo de prover liquidez, a autoridade monetária tem realizado leilões de venda de dólares com compromisso de recompra. Nesta segunda-feira, o BC fez dois leilões desse tipo com liquidação de compra em 18 de janeiro e 19 de fevereiro de 2013.

Segundo operadores, essas operações --também chamadas de leilões de linha-- têm efeito limitado sobre a cotação pois há a recompra conjugada. Por isso acreditam que, se o BC quiser defender um patamar específico, deverá fazer leilões de swap cambial tradicional, equivalentes a venda de dólares no mercado futuro.

"O mercado deve rondar esses 2,10 (reais) e esse é um nível em que o mercado pode ficar apreensivo, esperando intervenção via swap", afirmou o operador, lembrando que o BC fez pesquisa de demanda tanto por leilões de linha como por swaps no último dia 7.

No exterior, o dólar também seguia pressionado devido a preocupações de que os Estados Unidos podem não chegar a um acordo até o final do ano para evitar cortes de gastos e aumentos de impostos que podem enxugar cerca de 600 bilhões de dólares da maior economia do mundo, o chamado "abismo fiscal".

A moeda norte-americana subia 0,30 por cento ante o peso mexicano, enquanto o euro recuava 0,17 por cento em relação ao dólar.

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