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Dólar segue exterior e sobe 0,3%; fatores domésticos pesam

No dia 3 de setembro, vencem contratos de swap cambial tradicional, no valor de US$ 4,45 bilhões

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2012 às 12h11.

São Paulo - O dólar subia pela terceira sessão seguida ante o real nesta quarta-feira, acompanhando a tendência da moeda no exterior, mas impulsionado principalmente por fatores domésticos. Investidores aguardavam a ação do Banco Central sobre o vencimento de contratos de swap no início da semana que vem e também brigavam pela taxa Ptax de agosto.

Às 11h56, a moeda norte-americana avançava 0,34 por cento, para 2,0497 reais na venda. O dólar chegou a 2,0549 reais na máxima do dia e a 2,0442 reais na mínima, registrada logo no início da sessão.

"Há três fatores para a alta do dólar hoje: o fator externo, com o dólar se valorizando no mundo, o vencimento do swap e a proximidade da briga pela Ptax do mês", resumiu o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

No dia 3 de setembro, vencem contratos de swap cambial tradicional, no valor de 4,45 bilhões de dólares, e contratos de swap reverso, no valor de 350 milhões de dólares, segundo informou o BC.

O mercado acredita que a autoridade monetária não fará a rolagem dos contratos de swap tradicional, uma vez que estes equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro e, portanto, trazem pressão de baixa para o dólar. Na semana passada, o BC mostrou que quer manter o dólar acima de 2 reais.

No dia 21 de agosto, quando a moeda norte-americana chegou a ser negociada abaixo de 2,01 reais e mostrava força para romper o piso informal de 2 reais, o BC anunciou um leilão de swap cambial reverso --operação que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. Isso fez com que o dólar revertesse a tendência e passasse a subir. Desde então, até terça-feira, a divisa acumula ganhos de 1,33 por cento.

Outra pressão de alta para a moeda norte-americana é a proximidade do fechamento da Ptax de agosto na sexta-feira. A taxa serve como referência para outras operações financeiras e acaba gerando uma espécie de batalha entre os investidores, que querem garantir a melhor taxa de câmbio para seus negócios.

"Nós temos aqui uma forte briga para o fechamento da Ptax.

Até sexta-feira, esse movimento (de alta) pode dar uma revertida, com o pessoal do lado da venda puxando também", afirmou Battistel.


Ainda no cenário doméstico, pesava a expectativa sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que divulga nesta noite a taxa básica de juros. O mercado espera um novo corte de 0,50 ponto percentual, para um novo recorde de mínima de 7,50 por cento.

A empreitada das autoridades brasileiras desde agosto do ano passado para diminuir a taxa de juros pode pesar sobre a atratividade do país para investidores estrangeiros, já que taxas de juros mais baixas geram retornos menores. Nesse cenário, o real também tende a perder força diante de menos entradas de fluxo externo.

No exterior, o dólar ganhava 0,24 por cento em relação a uma cesta de moedas, enquanto o euro cedia 0,32 por cento frente à divisa dos Estados Unidos.

Dados divulgados mais cedo mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos expandiu numa taxa anual de 1,7 por cento no segundo trimestre, acima da estimativa do mês passado de 1,5 por cento e em linha com as expectativas dos economistas.

Tais dados podem diminuir as chances de estímulo monetário do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos. Os mercados têm alimentado expectativas de que o chairman do Fed, Ben Bernanke, poderá sinalizar, na sexta-feira uma terceira rodada de "quantitative easing", operação que consiste numa impressão de dinheiro para compra de títulos, o que injetaria liquidez nos mercados financeiros.

São Paulo - O dólar subia pela terceira sessão seguida ante o real nesta quarta-feira, acompanhando a tendência da moeda no exterior, mas impulsionado principalmente por fatores domésticos. Investidores aguardavam a ação do Banco Central sobre o vencimento de contratos de swap no início da semana que vem e também brigavam pela taxa Ptax de agosto.

Às 11h56, a moeda norte-americana avançava 0,34 por cento, para 2,0497 reais na venda. O dólar chegou a 2,0549 reais na máxima do dia e a 2,0442 reais na mínima, registrada logo no início da sessão.

"Há três fatores para a alta do dólar hoje: o fator externo, com o dólar se valorizando no mundo, o vencimento do swap e a proximidade da briga pela Ptax do mês", resumiu o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

No dia 3 de setembro, vencem contratos de swap cambial tradicional, no valor de 4,45 bilhões de dólares, e contratos de swap reverso, no valor de 350 milhões de dólares, segundo informou o BC.

O mercado acredita que a autoridade monetária não fará a rolagem dos contratos de swap tradicional, uma vez que estes equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro e, portanto, trazem pressão de baixa para o dólar. Na semana passada, o BC mostrou que quer manter o dólar acima de 2 reais.

No dia 21 de agosto, quando a moeda norte-americana chegou a ser negociada abaixo de 2,01 reais e mostrava força para romper o piso informal de 2 reais, o BC anunciou um leilão de swap cambial reverso --operação que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. Isso fez com que o dólar revertesse a tendência e passasse a subir. Desde então, até terça-feira, a divisa acumula ganhos de 1,33 por cento.

Outra pressão de alta para a moeda norte-americana é a proximidade do fechamento da Ptax de agosto na sexta-feira. A taxa serve como referência para outras operações financeiras e acaba gerando uma espécie de batalha entre os investidores, que querem garantir a melhor taxa de câmbio para seus negócios.

"Nós temos aqui uma forte briga para o fechamento da Ptax.

Até sexta-feira, esse movimento (de alta) pode dar uma revertida, com o pessoal do lado da venda puxando também", afirmou Battistel.


Ainda no cenário doméstico, pesava a expectativa sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que divulga nesta noite a taxa básica de juros. O mercado espera um novo corte de 0,50 ponto percentual, para um novo recorde de mínima de 7,50 por cento.

A empreitada das autoridades brasileiras desde agosto do ano passado para diminuir a taxa de juros pode pesar sobre a atratividade do país para investidores estrangeiros, já que taxas de juros mais baixas geram retornos menores. Nesse cenário, o real também tende a perder força diante de menos entradas de fluxo externo.

No exterior, o dólar ganhava 0,24 por cento em relação a uma cesta de moedas, enquanto o euro cedia 0,32 por cento frente à divisa dos Estados Unidos.

Dados divulgados mais cedo mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos expandiu numa taxa anual de 1,7 por cento no segundo trimestre, acima da estimativa do mês passado de 1,5 por cento e em linha com as expectativas dos economistas.

Tais dados podem diminuir as chances de estímulo monetário do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos. Os mercados têm alimentado expectativas de que o chairman do Fed, Ben Bernanke, poderá sinalizar, na sexta-feira uma terceira rodada de "quantitative easing", operação que consiste numa impressão de dinheiro para compra de títulos, o que injetaria liquidez nos mercados financeiros.

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