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Dólar salta 2% e vai a R$3,82 com cenário político

O dólar saltou 2% e foi a 3,82 reais, marcando a maior alta semanal em dois meses, pressionado pelas incertezas políticas

Dólares: moeda terminou na máxima, em alta de 2,28%, a R$ 3,8289 (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 17h19.

São Paulo - O mercado teve um dia nervoso nesta sexta-feira, 27, em que a aversão ao risco jogou o dólar para cima.

O noticiário político /policial foi intenso e não deixou espaço para os investidores respirarem. Com isso, o dólar voltou a fechar na casa de R$ 3,80, depois de sete pregões oscilando nos R$ 3,70.

O dólar terminou na máxima, em alta de 2,28%, a R$ 3,8289, depois de marcar, na mínima do dia, R$ 3,7194.

Na semana, subiu 3,33%. No mês, no entanto, cede 0,80%. Em 2015 até agora, acumula elevação de 44%. O dólar para dezembro fechou também na máxima, 2,71%, a R$ 3,850.

Em um cenário político já deteriorado, com um senador e um banqueiro na cadeia desde quarta-feira, os investidores reagiram à possibilidade de novos parlamentares serem incriminados, de um pedido de impeachment contra Dilma Rousseff prosperar na Câmara e até de Delcídio Amaral se tornar delator.

Para piorar, representantes da agência Standard & Poor's chegarão ao Brasil na próxima terça-feira para avaliar a economia.

O dólar vinha operando calmo até o início da tarde. Foi quando o noticiário se intensificou e os rumores cresceram nas mesas.

Uma das notícias a que o mercado reagiu foi a de que o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, fará acordo de delação premiada, no qual vai apontar os nomes de pelo menos dois senadores que teriam recebido propinas no esquema da Petrobras.

A empreiteira ainda fará acordo de leniência e pagará R$ 1 bilhão a título de indenização.

Também não pegou bem a visita de técnicos da S&P ao Brasil na próxima semana, já que o governo pouco avançou no ajuste fiscal.

O governo ainda não conseguiu mudar a meta fiscal e uma sessão do Congresso está prevista para a próxima terça-feira.

Ainda na terça-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve deliberar sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma.

Ele tomará sua decisão após a sessão do Conselho de Ética que vai deliberar sobre parecer prévio que pede a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra ele, que omitiu contas no exterior.

É uma forma de pressão de Cunha para arquivar o processo contra ele.

Matéria atualizada às 18h17

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O noticiário político /policial foi intenso e não deixou espaço para os investidores respirarem. Com isso, o dólar voltou a fechar na casa de R$ 3,80, depois de sete pregões oscilando nos R$ 3,70.

O dólar terminou na máxima, em alta de 2,28%, a R$ 3,8289, depois de marcar, na mínima do dia, R$ 3,7194.

Na semana, subiu 3,33%. No mês, no entanto, cede 0,80%. Em 2015 até agora, acumula elevação de 44%. O dólar para dezembro fechou também na máxima, 2,71%, a R$ 3,850.

Em um cenário político já deteriorado, com um senador e um banqueiro na cadeia desde quarta-feira, os investidores reagiram à possibilidade de novos parlamentares serem incriminados, de um pedido de impeachment contra Dilma Rousseff prosperar na Câmara e até de Delcídio Amaral se tornar delator.

Para piorar, representantes da agência Standard & Poor's chegarão ao Brasil na próxima terça-feira para avaliar a economia.

O dólar vinha operando calmo até o início da tarde. Foi quando o noticiário se intensificou e os rumores cresceram nas mesas.

Uma das notícias a que o mercado reagiu foi a de que o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, fará acordo de delação premiada, no qual vai apontar os nomes de pelo menos dois senadores que teriam recebido propinas no esquema da Petrobras.

A empreiteira ainda fará acordo de leniência e pagará R$ 1 bilhão a título de indenização.

Também não pegou bem a visita de técnicos da S&P ao Brasil na próxima semana, já que o governo pouco avançou no ajuste fiscal.

O governo ainda não conseguiu mudar a meta fiscal e uma sessão do Congresso está prevista para a próxima terça-feira.

Ainda na terça-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve deliberar sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma.

Ele tomará sua decisão após a sessão do Conselho de Ética que vai deliberar sobre parecer prévio que pede a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra ele, que omitiu contas no exterior.

É uma forma de pressão de Cunha para arquivar o processo contra ele.

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