Dólar reduz alta sobre real com especulações sobre eleições
Na sessão passada, o dólar caiu 1,27 por cento após pesquisa Sensus mostrar ampla vantagem de Aécio sobre Dilma
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2014 às 13h36.
O dólar reduziu a alta ante o real nesta terça-feira, chegando a ser negociado em queda, acompanhando a melhora no humor em alguns mercados internacionais e em meio a especulações sobre as próximas pesquisas eleitorais no Brasil.
Na primeira metade do pregão, a moeda norte-americana operou em alta mais consistente, após pesquisa Vox Populi mostrar pequena vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves , mostrando empate técnico nas intenções de voto, cenário diferente ao indicado antes pela pesquisa Sensus, que mostrava o tucano na dianteira nas intenções de voto.
Às 13h23, a divisa dos Estados Unidos tinha leve alta de 0,15 por cento, a 2,3963 reais na venda, após alcançar 2,4075 reais na máxima e 2,3904 reais na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 470 milhões de dólares.
Na sessão passada, o dólar caiu 1,27 por cento após pesquisa Sensus mostrar ampla vantagem de Aécio sobre Dilma.
"Temos pesquisas eleitorais importantes nesta semana e você sabe como é o mercado: qualquer rumor acaba fazendo preço", disse o operador de câmbio de um banco internacional.
Foi o que aconteceu na hora do almoço, quando a valorização da moeda norte-americana perdeu força à medida que investidores passaram a especular sobre eventuais resultados que virão do Datafolha e do Ibope, que devem ser divulgados a partir desta quarta-feira.
Segundo operadores, chegou a circular nas mesas que as pesquisas mostrariam maior vantagem de Aécio sobre Dilma. Na semana passada, os dois levantamentos mostraram empate técnico entre os dois, com vantagem numérica do tucano, o preferido dos mercados financeiros por representar uma política econômica mais ortodoxa.
Na noite passada, levantamento do Vox Populi mostrou Dilma com 51 por cento dos votos válidos, contra 49 por cento de Aécio. Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais, os dois estão em empate técnico na disputa no segundo turno.
"A pesquisa (Vox Populi) veio na contramão do que o mercado esperava. Agora que os sinais estão menos consistentes, o mercado vai esperar Datafolha e Ibope para se posicionar com mais firmeza", afirmou mais cedo o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala.
O dólar também subia em alguns mercados internacionais, em meio às persistentes preocupações com a economia global, reforçadas nesta sessão por quedas inesperadamente fortes da produção industrial da zona do euro e da confiança do investidor alemão.
Nos mercados emergentes, contudo, a pressão no câmbio era menos intensa e foi perdendo força ao longo da manhã, o que se refletiu no mercado brasileiro.
Isso porque, diante do cenário de menor crescimento da economia global, parte do mercado acredita que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode demorar mais tempo para elevar a taxa de juros da maior economia do mundo e atrair recursos que estão alocados em outras praças, como a brasileira.
"É um quadro misto. Por um lado, a economia global preocupa e isso gera aversão a risco. Por outro, se o Fed demora para subir juros, isso é bom para mercados como o Brasil", explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
O dólar subia cerca de 0,7 por cento sobre o euro.
Contra o peso mexicano, chegou a subir cerca de 0,3 por cento, mas caía cerca de 0,4 por cento no início da tarde.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, como parte das atuações diárias. Foram vendidos 2,3 mil contratos para 1º de junho e 1,7 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,4 milhões de dólares.
O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 45 por cento do lote total, equivalente a 8,84 bilhões de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)
O dólar reduziu a alta ante o real nesta terça-feira, chegando a ser negociado em queda, acompanhando a melhora no humor em alguns mercados internacionais e em meio a especulações sobre as próximas pesquisas eleitorais no Brasil.
Na primeira metade do pregão, a moeda norte-americana operou em alta mais consistente, após pesquisa Vox Populi mostrar pequena vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves , mostrando empate técnico nas intenções de voto, cenário diferente ao indicado antes pela pesquisa Sensus, que mostrava o tucano na dianteira nas intenções de voto.
Às 13h23, a divisa dos Estados Unidos tinha leve alta de 0,15 por cento, a 2,3963 reais na venda, após alcançar 2,4075 reais na máxima e 2,3904 reais na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 470 milhões de dólares.
Na sessão passada, o dólar caiu 1,27 por cento após pesquisa Sensus mostrar ampla vantagem de Aécio sobre Dilma.
"Temos pesquisas eleitorais importantes nesta semana e você sabe como é o mercado: qualquer rumor acaba fazendo preço", disse o operador de câmbio de um banco internacional.
Foi o que aconteceu na hora do almoço, quando a valorização da moeda norte-americana perdeu força à medida que investidores passaram a especular sobre eventuais resultados que virão do Datafolha e do Ibope, que devem ser divulgados a partir desta quarta-feira.
Segundo operadores, chegou a circular nas mesas que as pesquisas mostrariam maior vantagem de Aécio sobre Dilma. Na semana passada, os dois levantamentos mostraram empate técnico entre os dois, com vantagem numérica do tucano, o preferido dos mercados financeiros por representar uma política econômica mais ortodoxa.
Na noite passada, levantamento do Vox Populi mostrou Dilma com 51 por cento dos votos válidos, contra 49 por cento de Aécio. Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais, os dois estão em empate técnico na disputa no segundo turno.
"A pesquisa (Vox Populi) veio na contramão do que o mercado esperava. Agora que os sinais estão menos consistentes, o mercado vai esperar Datafolha e Ibope para se posicionar com mais firmeza", afirmou mais cedo o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala.
O dólar também subia em alguns mercados internacionais, em meio às persistentes preocupações com a economia global, reforçadas nesta sessão por quedas inesperadamente fortes da produção industrial da zona do euro e da confiança do investidor alemão.
Nos mercados emergentes, contudo, a pressão no câmbio era menos intensa e foi perdendo força ao longo da manhã, o que se refletiu no mercado brasileiro.
Isso porque, diante do cenário de menor crescimento da economia global, parte do mercado acredita que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode demorar mais tempo para elevar a taxa de juros da maior economia do mundo e atrair recursos que estão alocados em outras praças, como a brasileira.
"É um quadro misto. Por um lado, a economia global preocupa e isso gera aversão a risco. Por outro, se o Fed demora para subir juros, isso é bom para mercados como o Brasil", explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
O dólar subia cerca de 0,7 por cento sobre o euro.
Contra o peso mexicano, chegou a subir cerca de 0,3 por cento, mas caía cerca de 0,4 por cento no início da tarde.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, como parte das atuações diárias. Foram vendidos 2,3 mil contratos para 1º de junho e 1,7 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,4 milhões de dólares.
O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 45 por cento do lote total, equivalente a 8,84 bilhões de dólares. (Edição de Patrícia Duarte)