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Dólar reduz alta em meio a briga pela Ptax, mas ainda sobe

O fortalecimento da moeda norte-americana vinha mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio após o fechamento dos negócios na sexta-feira

Dólar: às 12h42, o dólar avançava 1,24 por cento, a 3,6298 reais na venda (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 12h58.

São Paulo - O dólar reduzia a alta para pouco mais de 1 por cento sobre o real nesta segunda-feira, em meio à briga pela formação da Ptax de agosto, após renovar mais cedo as máximas desde o fim de 2002 diante de preocupações com as contas públicas brasileiras e com a desaceleração da economia da China.

O fortalecimento da moeda norte-americana vinha mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio após o fechamento dos negócios na sexta-feira.

Às 12:42, o dólar avançava 1,24 por cento, a 3,6298 reais na venda. Na máxima da sessão, o dólar subiu 2,77 por cento, a 3,6845 reais, maior nível intradia desde 16 de dezembro de 2002, quando foi a 3,7000 reais.

Operadores disputavam para deslocar as cotações de forma a garantir uma Ptax, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais, favorável a suas operações.

Mesmo assim, o clima de preocupações garantiu que a moeda dos EUA operasse em alta expressiva sobre o real desde o início dos negócios.

"Não há nada de animador, nada de boas notícias", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

"Desde que me entendo por gente, este está sendo um dos piores momentos para o mercado financeiro".

A imprensa noticiou que a proposta de Orçamento de 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda-feira trará projeção de déficit primário para o ano que vem.

Investidores entenderam que essa decisão deixaria o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento, o que provocaria intensa fuga de capitais dos mercados locais.

A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar fortalecia em relação às principais moedas emergentes diante de preocupações com a desaceleração da economia chinesa, e levava a moeda norte-americana a saltar em relação ao real mesmo diante da intervenção do BC.

Após o fechamento dos negócios na sexta-feira, o BC anunciou para esta sessão leilão de venda de até 2,4 bilhões de dólares com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015.

Além disso, sinalizou que deve rolar integralmente os swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares, que vencem em outubro.

"O BC não consegue estancar a alta do dólar, e nem quer. Ele quer deixar claro que está ali para fornecer liquidez, mas o problema agora não é de liquidez, é de fundamentos", disse o superintendente de derivativos de um importante banco nacional.

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São Paulo - O dólar reduzia a alta para pouco mais de 1 por cento sobre o real nesta segunda-feira, em meio à briga pela formação da Ptax de agosto, após renovar mais cedo as máximas desde o fim de 2002 diante de preocupações com as contas públicas brasileiras e com a desaceleração da economia da China.

O fortalecimento da moeda norte-americana vinha mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio após o fechamento dos negócios na sexta-feira.

Às 12:42, o dólar avançava 1,24 por cento, a 3,6298 reais na venda. Na máxima da sessão, o dólar subiu 2,77 por cento, a 3,6845 reais, maior nível intradia desde 16 de dezembro de 2002, quando foi a 3,7000 reais.

Operadores disputavam para deslocar as cotações de forma a garantir uma Ptax, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais, favorável a suas operações.

Mesmo assim, o clima de preocupações garantiu que a moeda dos EUA operasse em alta expressiva sobre o real desde o início dos negócios.

"Não há nada de animador, nada de boas notícias", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

"Desde que me entendo por gente, este está sendo um dos piores momentos para o mercado financeiro".

A imprensa noticiou que a proposta de Orçamento de 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda-feira trará projeção de déficit primário para o ano que vem.

Investidores entenderam que essa decisão deixaria o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento, o que provocaria intensa fuga de capitais dos mercados locais.

A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar fortalecia em relação às principais moedas emergentes diante de preocupações com a desaceleração da economia chinesa, e levava a moeda norte-americana a saltar em relação ao real mesmo diante da intervenção do BC.

Após o fechamento dos negócios na sexta-feira, o BC anunciou para esta sessão leilão de venda de até 2,4 bilhões de dólares com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015.

Além disso, sinalizou que deve rolar integralmente os swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares, que vencem em outubro.

"O BC não consegue estancar a alta do dólar, e nem quer. Ele quer deixar claro que está ali para fornecer liquidez, mas o problema agora não é de liquidez, é de fundamentos", disse o superintendente de derivativos de um importante banco nacional.

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