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Dólar sobe no mundo após Trump interromper negociações sobre estímulos

Reaproximação entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia atenuam desvalorização do real, apesar de exterior negativo

Dólar sobe 0,52% e encerra cotado a 5,595 reais (halduns/Getty Images)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 10h00.

Última atualização em 6 de outubro de 2020 às 17h45.

O dólar disparou no mundo inteiro, nesta terça-feira, 6, após o presidente Donald Trump mandar sua equipe interromper as negociações sobre um novo pacote de estímulo trilionário, que vinha sendo negociado com líderes democratas. Com o a forte aversão ao risco no exterior, nem mesmo o otimismo sobre a reaproximação entre ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia segurou a alta do dólar no Brasil. Por aqui, a moeda americana chegou a ser negociada com mias 1% de queda no período da manhã, mas virou e encerrou em alta de 0,52%, sendo vendida a 5,595 reais.

O anúncio sobre o fim das conversas veio por meio do Twitter, Na publicação, Trump afirmou que as conversas serão interrompidas para até depois das eleições. "Imediatamente após eu vencer, passaremos um pacote de estímulos maior com foco em trabalhadores americanos e pequenas empresas", afirmou Trump, em clima eleitoral.

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A mensagem ocorreu poucas horas após o presidente do Federal Reserve, alertar sobre a necessidade de novos incentivos fiscais para que a recuperação da economia americana tenha continuidade em discurso feito no encontro anual da Associação Nacional de Economia Empresarial (NABE, na sigla em inglês).

"A falta de incentivos pode levar a uma situação muito pior, retardando a recuperação econômica e agravando a crise. O mercado piorou demais em todos os lugares", afirma Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

No exterior, o índice Dxy, que mede o desempenho do dólar perante pares desenvolvidos virou para alta, enquanto as moedas emergentes passaram a se desvalorizar. Ainda assim, o real foi uma das que menos sofreram, devido à melhora do ambiente político.

Depois de terem trocado acusações, Maia e Guedes selaram a paz em jantar arquitetado por parlamentares na noite de segunda feira, 5. Ao fim da ceia, o presidente da Câmara admitiu que havia sido “indelicado e grosseiro” e reforçou o compromisso com a agenda reformas, mas que a regulamentação do teto de gastos é prioridade.

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