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Dólar recua após anúncio de medidas do governo

As medidas exercem influência positiva sobre o câmbio local já que ajudam no processo de reconquista de credibilidade do governo

Dólares: às 9h30, no mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,45%, a R$ 2,6380, na mínima (Juan Barreto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 09h11.

São Paulo - O dólar abriu estável ante o real e passou a exibir um viés de baixa nos primeiros minutos de negócios, com os mercados domésticos mais atentos às notícias envolvendo o Brasil.

As medidas divulgadas na segunda-feira, 19, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy , exercem influência positiva sobe o câmbio local e os juros futuros, uma vez que ajudam no processo de reconquista de credibilidade do governo.

O fortalecimento do real vai na contramão do viés negativo de outras divisas de países emergentes e correlacionadas às commodities, com as atenções no exterior divididas entre os dados da China, a piora nas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global e a perspectiva de mais estímulos monetários a serem adotados pelo Banco Central Europeu (BCE).

Às 9h30, no mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,45%, a R$ 2,6380, na mínima, depois de estável, a R$ 2,6500. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,51%, a R$ 2,6485, após abertura em queda de 0,24%, a R$ 2,6555.

As medidas anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda contribuem para a valorização do real, uma vez que as ações ajudam no processo de reconquista de credibilidade do governo e dão sinais de ajustes da política macroeconômica, ampliando as receitas da União e indo na direção de uma política fiscal melhor, disseram profissionais ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Ontem à noite, Levy anunciou a recomposição da Cide sobre os combustíveis e a elevação do IOF para operações de crédito feitas por pessoas físicas, entre outras, a fim de elevar a arrecadação em R$ 20,6 bilhões no ano.

O pacote que aumenta impostos sobre gasolina e crédito inclui ainda o reajuste de PIS/Cofins para importados e tende a exercer influência positiva sobre o câmbio, fortalecendo o real.

Porém, o mercado doméstico de moedas também está atento às notícias vindas do exterior, que, por sua vez, embutem um viés de alta para o dólar.

Os investidores repercutem o crescimento acima do esperado do PIB chinês, de +7,4% no acumulado de 2014, mas no menor ritmo em 24 anos, o que sugere continuidade da desaceleração da economia do país neste ano.

A taxa superou a previsão de avanço de 7,3%, porém representa uma arrefecimento ante a expansão de 7,7% registrada em 2013. Além disso, foi a primeira vez em 15 anos que o PIB da China ficou abaixo da meta do governo, de 7,5%.

Os dados chineses, que mostraram ainda avanços acima das expectativas das atividades da indústria e do varejo, animam as bolsas internacionais, mas afetam o desempenho das commodities negociadas no exterior, diante da perda de tração da segunda maior economia do mundo e maior consumidora de insumos básicos.

As matérias-primas também reagem à piora nas previsões do FMI para a economia mundial, com uma redução de 0,3 ponto porcentual nas estimativas, agora em 3,5% para 2015 e em 3,7% para 2016.

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O fortalecimento do real vai na contramão do viés negativo de outras divisas de países emergentes e correlacionadas às commodities, com as atenções no exterior divididas entre os dados da China, a piora nas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global e a perspectiva de mais estímulos monetários a serem adotados pelo Banco Central Europeu (BCE).

Às 9h30, no mercado de balcão, o dólar à vista caía 0,45%, a R$ 2,6380, na mínima, depois de estável, a R$ 2,6500. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,51%, a R$ 2,6485, após abertura em queda de 0,24%, a R$ 2,6555.

As medidas anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda contribuem para a valorização do real, uma vez que as ações ajudam no processo de reconquista de credibilidade do governo e dão sinais de ajustes da política macroeconômica, ampliando as receitas da União e indo na direção de uma política fiscal melhor, disseram profissionais ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Ontem à noite, Levy anunciou a recomposição da Cide sobre os combustíveis e a elevação do IOF para operações de crédito feitas por pessoas físicas, entre outras, a fim de elevar a arrecadação em R$ 20,6 bilhões no ano.

O pacote que aumenta impostos sobre gasolina e crédito inclui ainda o reajuste de PIS/Cofins para importados e tende a exercer influência positiva sobre o câmbio, fortalecendo o real.

Porém, o mercado doméstico de moedas também está atento às notícias vindas do exterior, que, por sua vez, embutem um viés de alta para o dólar.

Os investidores repercutem o crescimento acima do esperado do PIB chinês, de +7,4% no acumulado de 2014, mas no menor ritmo em 24 anos, o que sugere continuidade da desaceleração da economia do país neste ano.

A taxa superou a previsão de avanço de 7,3%, porém representa uma arrefecimento ante a expansão de 7,7% registrada em 2013. Além disso, foi a primeira vez em 15 anos que o PIB da China ficou abaixo da meta do governo, de 7,5%.

Os dados chineses, que mostraram ainda avanços acima das expectativas das atividades da indústria e do varejo, animam as bolsas internacionais, mas afetam o desempenho das commodities negociadas no exterior, diante da perda de tração da segunda maior economia do mundo e maior consumidora de insumos básicos.

As matérias-primas também reagem à piora nas previsões do FMI para a economia mundial, com uma redução de 0,3 ponto porcentual nas estimativas, agora em 3,5% para 2015 e em 3,7% para 2016.

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