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Dólar recua ante real no início dos negócios, em dia de Ptax

Dólar operava em queda, perto de R$ 3,56, em dia de fechamento da Ptax


	Dólar: moeda operava em queda, em dia de fechamento de Ptax e antes de atuação do Banco Central
 (Getty Images)

Dólar: moeda operava em queda, em dia de fechamento de Ptax e antes de atuação do Banco Central (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2016 às 10h25.

São Paulo - O dólar avançava frente ao real nesta terça-feira, após a baixa de mais um ministro do governo interino de Michel Temer alimentar nos investidores temores de que não haja clima político para aprovar medidas econômicas no Congresso.

Pesava ainda a briga pela formação da Ptax, que pode trazer mais volatilidade ao pregão.

Às 10:08, o dólar avançava 0,35%, a 3,5905 reais na venda, após cair 0,92% na sessão passada.

O dólar futuro avançava cerca de 0,5%.

"É o segundo ministro que cai em um período curtíssimo de tempo. Isso não é boa notícia para a credibilidade do governo", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Na noite passada, Fabiano Silveira pediu demissão do seu cargo no Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle após o vazamento de declarações dele criticando a operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção centrado na Petrobras envolvendo políticos e empresários de alto escalão.

Na semana passada, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também teve de deixar o comando do Ministério do Planejamento por motivos parecidos.

Operadores temem que o clima de instabilidade política possa dificultar a campanha do governo por apoio a medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional, que muitos entendem ser a chave para a recuperação da economia brasileira.

Nesta sessão, o movimento do câmbio era influenciado ainda pela proximidade da formação da Ptax de maio, pouco depois das 12:00. A taxa calculada pelo Banco Central serve de referência para série de contratos cambiais e operadores costumam disputar para deslocá-la a patamares mais favoráveis a suas posições.

Três operadores de grandes bancos nacionais e internacionais consultados pela Reuters afirmaram que, nesta manhã, a pressão de baixa sobre a moeda norte-americana era mais forte do que a de alta na disputa pela formação da taxa.

O BC ofertará nesta tarde até 4,7 bilhões de dólares com compromisso de recompra. O impacto do anúncio era pequeno nos negócios, já que a operação tem como fim rolar contratos já existentes.

O BC não atuou no mercado nas sete sessões anteriores. Antes disso, vinha agindo principalmente por meio de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólares, especialmente quando a moeda norte-americana recuava abaixo de 3,50 reais.

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