Dólar recua mais de 1% e vai abaixo de R$3,20 com exterior
O Banco Central fará novamente nesta manhã leilão de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2016 às 13h04.
São Paulo - O dólar ampliou a queda para mais de 1 por cento e foi abaixo dos 3,20 reais pela primeira vez em mais de um mês nesta quinta-feira, com operadores citando o corte dos juros britânicos e fluxos de entrada de recursos externos relacionados a operações corporativas.
Às 13:00, o dólar recuava 1,27 por cento, a 3,1997 reais na venda, após chegar a 3,1991 reais na mínima do dia. A última vez em que a moeda norte-americana recuou abaixo de 3,20 reais no intradia foi em 1º de julho (3,1966 reais).
O dólar futuro perdia cerca de 1,25 por cento nesta tarde.
"As medidas do Banco da Inglaterra dão alento ao mercado, confirmam as expectativas de que os bancos centrais estão atentos a qualquer volatilidade", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.
O banco central britânico cortou sua taxa de juros pela primeira vez desde 2009 e informou que vai comprar mais 60 bilhões de libras em títulos públicos para amortecer o impacto do referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.
Juros mais baixos no Reino Unido tendem a aumentar a atratividade relativa de ativos que oferecem rendimentos altos, como no Brasil. Além disso, parte dos capitais injetados pelo banco central britânico na economia tende a migrar para mercados emergentes.
No cenário local, o operador de um banco internacional afirmou que um fluxo positivo de mais de 1 bilhão de dólares feito por uma grande empresa contribuiu para puxar a moeda norte-americana para baixo nesta sessão.
Muitos investidores esperam que o Brasil receba cada vez mais recursos externos daqui para frente, após anúncios de diversas captações externas.
Na véspera, a Vale vendeu 1 bilhão de dólares em títulos internacionais, seguindo-se a emissões de empresas como Petrobras e Marfrig.
Por sua vez, alguns esperam que o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que ser concluído no fim deste mês, sirva de gatilho para atrair mais investimento, revertendo a tendência de saídas financeiras que vem sendo apontada pelos dados do Banco Central há meses.
Estrategistas do banco BNP Paribas esperam que a moeda norte-americana termine setembro em 3,20 reais e fique praticamente neste nível até o fim do ano. O dólar voltaria a subir em 2017, a 3,60 reais no final do período.
Ainda assim, investidores continuavam demonstrando alguma preocupação com as dificuldades que o governo do presidente interino Michel Temer enfrenta para aprovar medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, minimizou a relevância do adiamento da votação da renegociação das dívidas dos Estados com a União no Congresso Nacional, que havia alimentado preocupações nos mercados financeiros.
"O mercado sabe que não vai ser fácil conseguir a colaboração do Congresso para controlar o crescimento do gasto público", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Outro fator que deve movimentar os negócios no curto prazo é o relatório de criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos fora do setor agrícola, que será divulgado na sexta-feira.
O número pode afetar as expectativas sobre quando os juros norte-americanos começarão a subir, com a maioria dos operadores enxergando chances pequenas de alguma elevação neste ano.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu novamente 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares. A autoridade monetária vem atuando dessa forma quase diariamente desde o mês passado.
Texto atualizado às 13h04
São Paulo - O dólar ampliou a queda para mais de 1 por cento e foi abaixo dos 3,20 reais pela primeira vez em mais de um mês nesta quinta-feira, com operadores citando o corte dos juros britânicos e fluxos de entrada de recursos externos relacionados a operações corporativas.
Às 13:00, o dólar recuava 1,27 por cento, a 3,1997 reais na venda, após chegar a 3,1991 reais na mínima do dia. A última vez em que a moeda norte-americana recuou abaixo de 3,20 reais no intradia foi em 1º de julho (3,1966 reais).
O dólar futuro perdia cerca de 1,25 por cento nesta tarde.
"As medidas do Banco da Inglaterra dão alento ao mercado, confirmam as expectativas de que os bancos centrais estão atentos a qualquer volatilidade", disse o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva.
O banco central britânico cortou sua taxa de juros pela primeira vez desde 2009 e informou que vai comprar mais 60 bilhões de libras em títulos públicos para amortecer o impacto do referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.
Juros mais baixos no Reino Unido tendem a aumentar a atratividade relativa de ativos que oferecem rendimentos altos, como no Brasil. Além disso, parte dos capitais injetados pelo banco central britânico na economia tende a migrar para mercados emergentes.
No cenário local, o operador de um banco internacional afirmou que um fluxo positivo de mais de 1 bilhão de dólares feito por uma grande empresa contribuiu para puxar a moeda norte-americana para baixo nesta sessão.
Muitos investidores esperam que o Brasil receba cada vez mais recursos externos daqui para frente, após anúncios de diversas captações externas.
Na véspera, a Vale vendeu 1 bilhão de dólares em títulos internacionais, seguindo-se a emissões de empresas como Petrobras e Marfrig.
Por sua vez, alguns esperam que o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que ser concluído no fim deste mês, sirva de gatilho para atrair mais investimento, revertendo a tendência de saídas financeiras que vem sendo apontada pelos dados do Banco Central há meses.
Estrategistas do banco BNP Paribas esperam que a moeda norte-americana termine setembro em 3,20 reais e fique praticamente neste nível até o fim do ano. O dólar voltaria a subir em 2017, a 3,60 reais no final do período.
Ainda assim, investidores continuavam demonstrando alguma preocupação com as dificuldades que o governo do presidente interino Michel Temer enfrenta para aprovar medidas de austeridade fiscal no Congresso Nacional.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, minimizou a relevância do adiamento da votação da renegociação das dívidas dos Estados com a União no Congresso Nacional, que havia alimentado preocupações nos mercados financeiros.
"O mercado sabe que não vai ser fácil conseguir a colaboração do Congresso para controlar o crescimento do gasto público", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Outro fator que deve movimentar os negócios no curto prazo é o relatório de criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos fora do setor agrícola, que será divulgado na sexta-feira.
O número pode afetar as expectativas sobre quando os juros norte-americanos começarão a subir, com a maioria dos operadores enxergando chances pequenas de alguma elevação neste ano.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu novamente 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares. A autoridade monetária vem atuando dessa forma quase diariamente desde o mês passado.
Texto atualizado às 13h04