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Dólar recua ante o real com alta de commodities

A moeda americana futura para novembro de 2012 na BM&FBovespa começou a ser negociado em queda de 0,07%, a R$ 2,0360

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 11h00.

São Paulo - Apesar da leve alta ante o euro na manhã desta terça-feira, o dólar abriu com ligeira baixa no mercado brasileiro, reagindo ao avanço do petróleo e de commodities agrícolas e metais básicos no exterior.

O dólar futuro para novembro de 2012 na BM&FBovespa começou a ser negociado em queda de 0,07%, a R$ 2,0360. Até as 9h44, esse vencimento com maior liquidez oscilou de uma mínima de R$ 2,0355 (-0,10) a uma máxima de R$ 2,0380 (+0,03%).

No mercado à vista, às 9h45, o dólar no balcão estava na mínima de R$ 2,0280, baixa de 0,05%, após iniciar a sessão em estabilidade, a R$ 2,0290, e de testar uma máxima de R$ 2,0310, alta de 0,10%.

No exterior, o impulso das matérias-primas vem da China, que voltou nesta terça-feira a fazer sua segunda maior injeção de liquidez diária no mercado, de US$ 42,14 bilhões, para estimular a economia interna e evitar uma forte desaceleração do crescimento do país este ano.

O ajuste positivo de preços das matérias-primas ocorre também após fortes quedas registradas na semana passada. No caso dos grãos, o movimento de realização de lucros antecede ainda a divulgação, nesta quinta-feira (11), do relatório de oferta e procura global pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

"Os fundamentos para os grãos são considerados positivos, porque a demanda por alimentos vai se manter, ainda que menor, a despeito dos rebaixamentos sequenciais desde a semana passada das previsões de crescimento para países da Ásia, Europa, Estados Unidos e América Latina por vários organismos multilaterais, como Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Banco de Desenvolvimento da Ásia", disse um operador de câmbio de uma grande instituição financeira. Às 9h46, o petróleo para novembro subia 1,40%, a US$ 90,55 por barril na Nymex; e estava em alta de 1,43%, a 113,42 por barril na ICE.

No Brasil, a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central começa nesta terça-feira em meio à aposta majoritária do mercado em mais um corte da taxa Selic de 0,25 ponto porcentual, para 7,25% ao ano. Se for confirmada, será a décima queda consecutiva do juro básico, que estava em 12,5% até agosto de 2011, quando começou o atual ciclo de afrouxamento monetário.

As discussões em torno da possibilidade de mais uma redução do juro básico em novembro, após a Selic cair 5 pontos porcentuais, ganham consistência à medida que crescem as previsões sombrias para o crescimento da economia global e brasileira este ano. Ainda assim, o juro real do país, estimado pela Nomura Securities em 1,88% pelo critério ex-ante, continua alto em comparação com as taxas perto de zero no mercado internacional.


Sem indicadores de peso no exterior, as atenções dos agentes financeiros estão voltadas para a reunião desta terça-feira da chanceler alemã, Angela Merkel, com o primeiro ministro grego, Antonis Samaras, em Atenas. Mais cedo, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, reafirmou que a instituição está pronta para ativar seu novo programa de bônus soberanos desde que os governos da zona do euro cumpram as condições de disciplina fiscal e indicou também que não há por enquanto necessidade de se reduzir as taxas de juros da região.

Nos EUA, o destaque é o início da temporada de balanços do terceiro trimestre, com o anuncio dos resultados da Alcoa, líder mundial na produção de alumínio, após o encerramento dos mercados.

Em Nova York, às 9h47, o euro estava em US$ 1,2952, de US$ 1,2968 no fim da tarde desta segunda-feira (8). De outro lado, o dólar norte-americano recuava em relação aos dólares australiano (-0,36%), canadense (-0,19%) e neozelandês (-0,17%).

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