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Dólar recua ante o real após cortes nos gastos públicos

O governo federal publicou nesta quinta-feira decreto que confirma a redução a 1/18 dos gastos mensais autorizados a ministérios e secretarias

Dólar: no mercado de balcão, o dólar à vista caía 1,03%, cotado a R$ 2,6790 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 09h02.

São Paulo - O dólar abriu em queda ante o real, em linha com as perdas da moeda norte-americana ante as de países correlacionados às commodities e após o governo federal publicar nesta quinta-feira, 8, decreto que confirma a redução a 1/18 dos gastos mensais autorizados a ministérios e secretarias antes da aprovação do Orçamento deste ano.

A decisão, antecipada pelo Broadcast, consta no Diário Oficial da União (DOU) e mostra a intenção de recuperar a credibilidade da política econômica e reforçar o esforço em cumprir a meta fiscal de 2015, trazendo alívio aos negócios com câmbio.

No exterior, o euro é negociado abaixo de US$ 1,18 pela primeira vez desde 2005, diante do aumento da pressão por novas medidas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pegando carona nos sinais emitidos pela a ata do Federal Reserve divulgada na quarta-feira, 7, além do aparente alívio da pressão no petróleo.

No mercado de balcão, o dólar à vista caía 1,03%, cotado a R$ 2,6790, na máxima, depois de abrir em forte queda, de -1,29%, a R$ 2,6720.

No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,19%, a R$ 2,6965, também na máxima, após uma abertura a R$ 2,6890 (-0,44%).

Os negócios locais repercutem a redução anunciada pelo governo federal a 1/18, de 1/12, do montante de gastos mensais que estão autorizados, por lei, a órgãos do Poder Executivo. O valor corresponde a um total de R$ 3,775 bilhões, representando um bloqueio mensal de R$ 1,9 bilhão.

Segundo o decreto publicado hoje, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, pode, por ato próprio ou mediante delegação, ampliar ou remanejar os valores autorizados, mas há um limite de gasto extra de 33% ante valor autorizado pela LDO.

A intenção da medida é ajudar no cumprimento da meta fiscal de R$ 66,3 bilhões deste ano, ou de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, a medida é uma "sinalização positiva" e mostra "certo comprometimento" do governo com a política fiscal, abrindo espaço para resultados primários melhores neste começo de ano.

Na agenda econômica do dia, o IBGE informou há pouco uma queda maior que a esperada na produção da indústria nacional em novembro ante outubro, em -0,7%, ante estimativas que iam desde queda de 0,60% a alta de 1,10%, conforme o AE Projeções. Na comparação anual, a atividade da indústria caiu 5,8%, ficando perto do piso do intervalo projetado, de -2,80% a -6,00%.

No exterior, a moeda norte-americana ganha força ante o euro e o iene, mas perde terreno ante as divisas de países emergentes, o que contribui para a queda ante o real.

Ainda no mesmo horáiro, euro valia US$ 1,1771, de US$ 1,1842 no fim da tarde de ontem em Nova York, sendo negociado abaixo da marca de US$ 1,18 pela primeira vez desde dezembro de 2005.

Os dados econômicos já conhecidos - com queda maior que o esperado nas encomendas à indústria alemã, deflação acima do previsto ao produtor (PPI) da zona do euro e avanço superior ao projetado do comércio varejista na região como um todo - reforçam as apostas de mais estímulos a serem adotados pelo BCE.

Já entre as bolsas, o sinal positivo predomina, diante do alívio nos preços do petróleo, que buscam um piso ao redor de US$ 50 por barril tanto em Londres quanto em Nova York, e também da sinalização deixada ontem pelo Fed, que indicou gradualismo no processo de aperto monetário, que não deve ter início antes de abril. Na Nymex, o contrato do WTI para fevereiro subia 0,58%, a US$ 48,93.

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A decisão, antecipada pelo Broadcast, consta no Diário Oficial da União (DOU) e mostra a intenção de recuperar a credibilidade da política econômica e reforçar o esforço em cumprir a meta fiscal de 2015, trazendo alívio aos negócios com câmbio.

No exterior, o euro é negociado abaixo de US$ 1,18 pela primeira vez desde 2005, diante do aumento da pressão por novas medidas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pegando carona nos sinais emitidos pela a ata do Federal Reserve divulgada na quarta-feira, 7, além do aparente alívio da pressão no petróleo.

No mercado de balcão, o dólar à vista caía 1,03%, cotado a R$ 2,6790, na máxima, depois de abrir em forte queda, de -1,29%, a R$ 2,6720.

No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,19%, a R$ 2,6965, também na máxima, após uma abertura a R$ 2,6890 (-0,44%).

Os negócios locais repercutem a redução anunciada pelo governo federal a 1/18, de 1/12, do montante de gastos mensais que estão autorizados, por lei, a órgãos do Poder Executivo. O valor corresponde a um total de R$ 3,775 bilhões, representando um bloqueio mensal de R$ 1,9 bilhão.

Segundo o decreto publicado hoje, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, pode, por ato próprio ou mediante delegação, ampliar ou remanejar os valores autorizados, mas há um limite de gasto extra de 33% ante valor autorizado pela LDO.

A intenção da medida é ajudar no cumprimento da meta fiscal de R$ 66,3 bilhões deste ano, ou de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, a medida é uma "sinalização positiva" e mostra "certo comprometimento" do governo com a política fiscal, abrindo espaço para resultados primários melhores neste começo de ano.

Na agenda econômica do dia, o IBGE informou há pouco uma queda maior que a esperada na produção da indústria nacional em novembro ante outubro, em -0,7%, ante estimativas que iam desde queda de 0,60% a alta de 1,10%, conforme o AE Projeções. Na comparação anual, a atividade da indústria caiu 5,8%, ficando perto do piso do intervalo projetado, de -2,80% a -6,00%.

No exterior, a moeda norte-americana ganha força ante o euro e o iene, mas perde terreno ante as divisas de países emergentes, o que contribui para a queda ante o real.

Ainda no mesmo horáiro, euro valia US$ 1,1771, de US$ 1,1842 no fim da tarde de ontem em Nova York, sendo negociado abaixo da marca de US$ 1,18 pela primeira vez desde dezembro de 2005.

Os dados econômicos já conhecidos - com queda maior que o esperado nas encomendas à indústria alemã, deflação acima do previsto ao produtor (PPI) da zona do euro e avanço superior ao projetado do comércio varejista na região como um todo - reforçam as apostas de mais estímulos a serem adotados pelo BCE.

Já entre as bolsas, o sinal positivo predomina, diante do alívio nos preços do petróleo, que buscam um piso ao redor de US$ 50 por barril tanto em Londres quanto em Nova York, e também da sinalização deixada ontem pelo Fed, que indicou gradualismo no processo de aperto monetário, que não deve ter início antes de abril. Na Nymex, o contrato do WTI para fevereiro subia 0,58%, a US$ 48,93.

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