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Dólar opera estável de olho em governo e exterior

São Paulo - O dólar era cotado perto da estabilidade nesta sexta-feira, com o mercado observando a disposição do governo em tomar mais medidas conforme a cotação ameaça cair abaixo de 1,55 real. O cenário internacional seguia no radar, um dia após líderes da zona do euro aprovarem um segundo pacote de resgate à Grécia, […]

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 10h34.

São Paulo - O dólar era cotado perto da estabilidade nesta sexta-feira, com o mercado observando a disposição do governo em tomar mais medidas conforme a cotação ameaça cair abaixo de 1,55 real.

O cenário internacional seguia no radar, um dia após líderes da zona do euro aprovarem um segundo pacote de resgate à Grécia, cujos custos serão divididos entre os governos e credores privados.

Às 10h11, a taxa de câmbio tinha variação positiva de 0,04 por cento, a 1,5559 real na venda, em torno das mínimas desde janeiro de 1999.

Segundo o operador de câmbio de uma corretora paulista, as recentes medidas tomadas pelo governo para conter a derrocada do dólar já estão "precificadas", e, nesse contexto, o mercado deve se sentir mais confortável para testar novas mínimas em 12 anos.

"O BC fala que vai fazer isso, vai fazer aquilo... Aí o mercado quer saber se vai fazer mesmo, e o quê", disse.

Em mais uma tentativa de frear a queda do dólar e proteger a indústria local, o Banco Central determinou no último dia 8 o recolhimento dos depósitos compulsórios sobre a posição vendida dos bancos que excedessem 1 bilhão de dólares ou que fossem superiores ao seu patrimônio de referência.

Desde abril, esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares.

De todo modo, o quadro internacional segue com bastante peso na formação do preço do dólar no Brasil. Nas últimas três sessões, a cotação acumulou baixa de 1,3 por cento, em meio ao otimismo de que os líderes europeus chegassem a um acordo para impedir que os problemas de dívida na Grécia contaminassem economias maiores.

O acordo finalmente foi acertado na quinta-feira. Os termos dos empréstimos para Grécia, Irlanda e Portugal serão abrandados, ao mesmo tempo em que investidores privados vão trocar voluntariamente bônus gregos por títulos de prazo mais longo com juros mais baixos para ajudar Atenas.

Com o novo pacote, a Grécia deve receber 109 bilhões de euros em financiamentos públicos e mais até 50 bilhões de euros em ajuda de credores privados.

"É difícil apostar numa forte recuperação do dólar ante o real com o humor externo ficando mais calmo", afirmou em relatório a equipe de estrategistas para mercados emergentes do BNP Paribas.

Após o ânimo da véspera, o euro recuava levemente ante o dólar, que favorecia a alta de 0,28 por cento da moeda norte-americana contra uma cesta de divisas.

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