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Dólar cai e volta a R$3,75 de olho no BC e no exterior

Às 9:59, o dólar recuava 0,27%, a 3,7532 reais na venda, depois de ter recuado 0,51% na véspera

Câmbio: o dólar futuro caía cerca de 0,50% (Yekorzh/Thinkstock)
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suzanaferreira08

Publicado em 22 de junho de 2018 às 09h20.

Última atualização em 22 de junho de 2018 às 11h16.

São Paulo - O dólar operava em baixa e já de volta ao patamar de 3,75 reais nesta sexta-feira, acompanhando a cena externa em dia de esperado fluxo mais fraco devido ao jogo da seleção do Brasil pela Copa do Mundo da Rússia pela manhã.

O mercado também estava atento às ações futuras do Banco Central , já que as intervenções anunciadas pela autoridade monetária se referiam a esta semana apenas.

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Às 9:59, o dólar recuava 0,27 por cento, a 3,7532 reais na venda, depois de ter recuado 0,51 por cento na véspera. O dólar futuro caía cerca de 0,50 por cento.

Na semana passada, o BC informou que injetaria 10 bilhões de dólar es nesta semana em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólar es. Até a véspera, colocou 4 bilhões de dólar es.

Para este pregão, por enquanto, o BC apenas anunciou oferta de até 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho.

A ação mais contundente do BC veio nas últimas semanas diante do movimento de forte aversão ao risco, que chegou a levar o dólar para acima do patamar de 3,90 reais, devido sobretudo à cena política local.

Pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro não têm mostrado avanços de pré-candidatos que os mercados consideram como mais comprometidos com ajuste fiscal e reformas.

No exterior, em dia de correção após fortes movimentos de aversão ao risco diante de temores com a disputa comercial entre Estados Unidos e China, o dólar caía ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

Apesar do pregão mais positivo, os mercados continuavam atentos à cena política, a poucos dias do julgamento pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de novo pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há mais de dois meses por crime de corrupção.

Os investidores entendem que, uma vez solto, Lula pode atuar como importante cabo eleitoral de um candidato que os desagradem.

"Os investidores ficam atentos ao 'risco Lula', às vésperas do julgamento de recurso que pede a liberdade do petista pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima terça-feira (26)", escreveu a corretora CM Capital Markets.

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