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Dólar fecha quase estável de olho no exterior e governo

A divisa norte-americana registrou variação negativa de 0,02 por cento, a 1,8034 real na venda

Às 15h47, o BC realizou um leilão de compra de dólar no mercado à vista (Jo Yong hak/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 18h27.

São Paulo - O dólar fechou próximo à estabilidade ante o real nesta sexta-feira, dividido entre a fraqueza da moeda no exterior e expectativas de que o governo continue agindo para conter uma valorização excessiva do real, em mais um dia de intervenção do Banco Central.

A divisa norte-americana registrou variação negativa de 0,02 por cento, a 1,8034 real na venda, oscilando 1,7971 real e a máxima de 1,8066 real.

Às 15h47, o BC realizou um leilão de compra de dólar no mercado à vista, com taxa de corte de 1,8025 real. Foi o segundo dia seguido de intervenção da autoridade monetária, que na véspera adquiriu dólares à vista em dois leilões, após não atuar diretamente no mercado desde 5 de março.

"Essa intervenção mostra que há a referência de 1,80 real para tentar evitar uma valorização maior do real. A princípio ele (o governo) está conseguindo manter a moeda perto o 1,80 (real)", disse o economista sênior da CM Capital Markets, Mauricio Nakahodo.

O governo tem endurecido o tom contra a chamada "guerra cambial". Apenas em 1º de março foram duas medidas no mercado de câmbio, cerca de um mês após o BC ter retomado operações de compra de dólares nos mercados à vista e a termo, bem como leilões de swap cambial reverso, que equivalem a uma aquisição de moeda no mercado futuro.


Nesta semana, o governo impôs a aplicação da alíquota de 6 por cento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os financiamentos externos de até cinco anos, de modo a evitar uma valorização excessiva do real para não prejudicar ainda mais a indústria brasileira.

Pela manhã, as autoridades corrigiram uma distorção na cobrança do IOF nos contratos de derivativos, zerando a alíquota nas operações de hedge cambial com contratos de derivativos dos exportadores. Segundo o ministério da Fazenda, na prática, a medida ajuda os exportadores, favorecendo a competitividade do setor ao não elevar o preço dos produtos vendidos no exterior.

"A medida não refletiu no câmbio. As posições que tinham que ser alteradas já foram antes quando o governo começou a atuar, agora está todo mundo em um momento de observação", afirmou o diretor-executivo e economista da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme.

No exterior, o dólar caía de forma generalizada, após dados mostrando inflação contida nos Estados Unidos esfriarem expectativas de um aperto da política monetária norte-americana em breve.

Ante uma cesta de divisas, o dólar caía 0,46 por cento, enquanto o euro 0,71 por cento, a 1,3173 dólar.

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Às 15h47, o BC realizou um leilão de compra de dólar no mercado à vista, com taxa de corte de 1,8025 real. Foi o segundo dia seguido de intervenção da autoridade monetária, que na véspera adquiriu dólares à vista em dois leilões, após não atuar diretamente no mercado desde 5 de março.

"Essa intervenção mostra que há a referência de 1,80 real para tentar evitar uma valorização maior do real. A princípio ele (o governo) está conseguindo manter a moeda perto o 1,80 (real)", disse o economista sênior da CM Capital Markets, Mauricio Nakahodo.

O governo tem endurecido o tom contra a chamada "guerra cambial". Apenas em 1º de março foram duas medidas no mercado de câmbio, cerca de um mês após o BC ter retomado operações de compra de dólares nos mercados à vista e a termo, bem como leilões de swap cambial reverso, que equivalem a uma aquisição de moeda no mercado futuro.


Nesta semana, o governo impôs a aplicação da alíquota de 6 por cento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os financiamentos externos de até cinco anos, de modo a evitar uma valorização excessiva do real para não prejudicar ainda mais a indústria brasileira.

Pela manhã, as autoridades corrigiram uma distorção na cobrança do IOF nos contratos de derivativos, zerando a alíquota nas operações de hedge cambial com contratos de derivativos dos exportadores. Segundo o ministério da Fazenda, na prática, a medida ajuda os exportadores, favorecendo a competitividade do setor ao não elevar o preço dos produtos vendidos no exterior.

"A medida não refletiu no câmbio. As posições que tinham que ser alteradas já foram antes quando o governo começou a atuar, agora está todo mundo em um momento de observação", afirmou o diretor-executivo e economista da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Nehme.

No exterior, o dólar caía de forma generalizada, após dados mostrando inflação contida nos Estados Unidos esfriarem expectativas de um aperto da política monetária norte-americana em breve.

Ante uma cesta de divisas, o dólar caía 0,46 por cento, enquanto o euro 0,71 por cento, a 1,3173 dólar.

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