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Dólar fecha em queda de 1,07% e cai 0,66% na semana

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial fechou com queda de 1,07% a R$ 1,668 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a divisa registra perda de 1,42% e no ano, -4,30%. Na BM&F, o dólar à vista fechou a R$ 1,6662 também com recuo de 1,07%. O euro comercial caiu 0,98% a […]

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2010 às 14h22.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial fechou com queda de 1,07% a R$ 1,668 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a divisa registra perda de 1,42% e no ano, -4,30%. Na BM&F, o dólar à vista fechou a R$ 1,6662 também com recuo de 1,07%. O euro comercial caiu 0,98% a R$ 2,322.

Depois de forte volatilidade durante a manhã, o mercado doméstico colou no otimismo externo e engatou uma queda contínua e forte no dólar, com o pronto acumulando perda de 0,66% ante o real na semana, a despeito das duas medidas que o governo tomou para conter a apreciação cambial - alta de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações estrangeiras em renda fixa e aumento no prazo de antecipação de contratos de câmbio. Os operadores somaram várias notícias do dia para tentar explicar o movimento.

Entre elas, o rali positivo nas Bolsas norte-americanas, que contagiou a Bovespa. Também citaram a perspectiva de que a China e Hong Kong tenham seu rating (nota) melhorado em breve pela Moody's, que hoje colocou essas duas dívidas em revisão. Mas o fator que ninguém tem a certeza - fluxo positivo - é o mais citado e seria o mais lógico para explicar uma reversão tão brusca já que, depois de bater máxima de R$ 1,690 durante a manhã, o dólar chegou à mínima de R$ 1,665 após o leilão de compra do BC à tarde.

O volume total de dólares negociados no pregão desta sexta-feira, registrado na clearing da BM&F até as 16h47, era de US$ 3,1 bilhões. O número é considerado bom, mas sem maiores destaques. Isso sinaliza que, se houver fluxo positivo, não deve merecer maiores destaques. E já era isso que diziam os operadores, que acrescentaram que a entrada teria ocorrido pelo segmento financeiro.

"Um dia de fluxo positivo, depois de medidas que tentam estancar a entrada de recursos, serve para reforçar a perspectiva de que a tendência do dólar é de queda e o Brasil vai atrair recursos de qualquer maneira. E essa expectativa, por si só, pressiona o dólar para baixo", diz um especialista, tentando explicar a variação forte do dia.

Vale registrar que, lá fora, o otimismo apóia-se na ideia de que "pior não fica". Afinal, o rali de alta, hoje, consolidou-se depois que saíram os dados ruins do payroll. Ao invés de olhar o indicador para formar preços, como é habitual, a resposta aos números do mercado de trabalho norte-americano foi positiva na maioria dos mercados, com os investidores antecipando uma reação rápida do Federal Reserve (Fed, banco central americano) por meio de novas medidas de incentivo à atividade.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em queda de 1,49% e foi negociado em média à R$ 1,783 na ponta de venda e a R$ 1,69 na compra. O euro turismo fechou com recuo de 0,28% a R$ 2,46 (venda) e R$ 2,323 (compra).

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