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Dólar fecha em leve alta com alívio externo e cautela com eleição

O dólar avançou 0,12 por cento, a 3,9052 reais na venda, depois de oscilar entre a mínima de 3,8675 reais e a máxima de 3,9267 reais

Dólar: moeda futura rondava a estabilidade (Yekorzh/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 18h10.

São Paulo - O dólar encerrou a quinta-feira com leve alta ante o real, com a cautela com a cena eleitoral doméstica se sobrepondo ao alívio externo após a China ter anunciado que vai realizar nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos.

O dólar avançou 0,12 por cento, a 3,9052 reais na venda, depois de oscilar entre a mínima de 3,8675 reais e a máxima de 3,9267 reais. O dólar futuro rondava a estabilidade.

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"Começou a temporada de boatos, que vai até a definição do presidente", declarou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, ao explicar o nervosismo que tomou conta dos negócios no começo da tarde e fez o dólar abandonar a queda e passar a subir ante o real, antes de se acomodar. "O mercado primeiro reage e depois reavalia", disse.

Os investidores foram às compras de dólares após o portal G1 ter divulgado notícia em que dizia que o candidato que mais agrada ao mercado, o tucano Geraldo Alckmin , pode ser alvo de denúncias do Ministério Público de São Paulo ainda antes do 1º turno das eleição, dia 7 de outubro.

O ex-governador de São Paulo prestou depoimento na véspera em investigação que apura suposto caixa 2 em suas campanhas de 2010 e 2014.

"A notícia estressou. O candidato do mercado é o Alckmin", disse um profissional da mesa de derivativos de uma corretora nacional.

O mercado prefere o candidato do PSDB à Presidência da República porque vê nele o perfil reformista que considera necessário para ajustar as contas públicas.

Antes desse movimento, os investidores acompanhavam o cenário externo, mais positivo nesta quinta-feira após a reaproximação de China e Estados Unidos.

Uma delegação chinesa liderada pelo vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, se reunirá com representantes dos EUA liderados pelo subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass, informou o Ministério do Comércio chinês nesta manhã.

"A leitura de investidores é por enquanto positiva, dado que pode representar, em potencial, a derrubada das tarifas entre as maiores economias globais em troca de acordos que agradem aos EUA", trouxe a corretora H.Commcor em relatório.

Embora o engajamento tenha sido visto por analistas e empresários externos como positivo, eles alertaram que as negociações provavelmente não levariam a um avanço, já que ocorrerão entre funcionários de segundo escalão.

Ainda assim, a notícia serviu para aliviar os temores globais e levava a uma busca pelo risco, com o dólar em queda ante uma cesta de moedas e também divisas de países emergentes.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 2,88 bilhões de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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