Dólar fecha com queda de 0,12% a RR$ 1,666
Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial fechou a R$ 1,666 com queda de 0,12% no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda acumula recuo de 1,54% e no ano, -4,42%. Na BM&F, a divisa fechou com queda de 0,01% também a R$ 1,666. O euro comercial perdeu 0,52% a R$ 2,31. […]
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2010 às 13h59.
Por Cristina Canas
São Paulo - O dólar comercial fechou a R$ 1,666 com queda de 0,12% no mercado interbancário de câmbio. No mês, a moeda acumula recuo de 1,54% e no ano, -4,42%. Na BM&F, a divisa fechou com queda de 0,01% também a R$ 1,666. O euro comercial perdeu 0,52% a R$ 2,31.
O mercado de câmbio chega ao final do pregão com volume de negócios pequeno até para uma segunda-feira prensada entre final de semana e feriado, registrando cerca de US$ 250 milhões perto das 14h30. O dólar à vista na BM&F registrou dois negócios, com US$ 1 milhão negociado. A explicação é que as transações também estão restritas lá fora, por causa do Dia de Colombo nos EUA e feriados no Japão e Canadá, fortes participantes do mercado de moedas. Além disso, o noticiário é pobre. As reuniões dos principais líderes econômicos no âmbito do FMI e Bird, durante o final de semana, não tiveram resultados para além da retórica. E isso não merece ajuste de preços. As operações continuam comandadas, principalmente, pelas perspectivas de medidas do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para auxiliar a recuperação da economia dos EUA.
Ainda que o FMI tenha defendido em documento que a questão cambial deve merecer resolução global e coordenada, além de se apresentar como órgão capaz e apropriado para centralizar esse trabalho, o organismo, até agora, não conseguiu os apoios necessários para que isso se concretize. Na verdade, os especialistas do mercado de câmbio não esperavam algo diferente, mas gostariam e teriam reagido, se houvesse qualquer entendimento mais avançado. Principalmente se ele se referisse a uma política cambial chinesa que diminuísse a subvalorização do Yuan, o que aliviaria a situação dos EUA. Mas como nada ocorreu, as expectativas para o câmbio voltam-se para o encontro do G-20, agendado para novembro e que ocorrerá na Coreia do Sul.
Assim, por agora, o governo brasileiro continua sozinho na luta contra a valorização do real. No mercado, a avaliação é de que ainda levará um tempo para que as conclusões sobre os impactos das medidas cambiais da semana passada - alta de IOF nos investimentos de estrangeiros em renda fixa e ampliação do prazo de antecipação de contratação de câmbio - se completem. Alguns operadores não duvidam de que algo mais pode ser feito se não houver uma redução no ritmo de queda do dólar ante o real. Mas é unanimidade que qualquer alternativa exclusivamente doméstica para evitar a apreciação cambial, tem efeito limitado.
A percepção que começa a se difundir, no entanto, é que a trajetória de queda do dólar ante o real terá, daqui para a frente, um "freio natural". A avaliação dos analistas é de que o fluxo de entrada de dinheiro estrangeiro deve diminuir. O motivo seria uma ligeira redução no apetite por papel brasileiro, depois da enxurrada das últimas semanas.
Câmbio turismo
Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou em queda de 0,56% e foi negociado em média à R$ 1,773 na ponta de venda e a R$ 1,66 na compra. O euro turismo fechou com recuo de 0,12% a R$ 2,457 (venda) e R$ 2,296 (compra).