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Dólar fecha com leve alta em dia de agenda vazia

Como na semana passada, a expectativa de entrada de recursos externos no país continuava no mercado

Dólar: "Uma agenda pesada movimentará os mercados globais esta semana, com destaque para as decisões do Copom e do Fed" (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: "Uma agenda pesada movimentará os mercados globais esta semana, com destaque para as decisões do Copom e do Fed" (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2017 às 17h24.

São Paulo - O dólar encerrou a segunda-feira com leve alta ante o real, com os investidores em compasso de espera num dia de agenda vazia, mas que antecede importantes eventos econômicos internos e externos nesta semana.

Como na semana passada, a expectativa de entrada de recursos externos no país continuava no mercado, em meio a várias aberturas de capital.

O dólar avançou 0,22 por cento, a 3,1476 reais na venda, depois de ter caído 1,38 por cento na semana passada e acumulado perdas de 5,19 por cento no mês até o fechamento anterior.

Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,1534 reais e, na mínima, 3,1333 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,10 por cento no final da tarde.

"Uma agenda pesada movimentará os mercados globais esta semana, com destaque para as decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve, ambas na quarta-feira (dia 26)", afirmou o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.

O banco central norte-americano deve manter os juros na maior economia do mundo, mas os investidores sempre procuram por pistas sobre seus próximos passos. A chair do Fed, Janet Yellen, já disse que a economia local estava saudável o suficiente para absorver futuras altas graduais de juros.

No Brasil, a expectativa é de que o Banco Central reduza a Selic em 1 ponto percentual agora, para 9,25 por cento ao ano, patamar ainda considerado elevado e atrativo aos investidores de fora. Esse cenário, juntamente que a expectativa de que possa haver mais entrada de recursos com novas aberturas de capital, pode manter o dólar em níveis baixos.

"Em nossa análise, o câmbio ao final de 2017 tende a capturar uma maior parcela da ainda abundante liquidez mundial e findar o ano próximo dos R$ 3,00", projetou a BB Investimentos em relatório a clientes.

Na semana passada, Carrefour e Biotoscana realizaram suas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Estão previstas para as próximas semanas a precificação da resseguradora IRB Brasil, da operadora de planos de saúde Notre Dame, da empresa de tecnologia Tivit Serviços e da geradora de energia Ômega.

A calmaria no cenário político, gerado sobretudo pelo recesso parlamentar, também ajudava na tendência de queda do dólar frente ao real nestas últimas semanas.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou 4,565 bilhões de dólares do total de 6,181 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

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