Dólar fecha abaixo de R$1,95 pela 1a vez em 10 meses
A divisa norte-americana reagiu às expectativas de que o Copom aumente os juros no futuro
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2013 às 18h01.
O dólar fechou abaixo de 1,95 real pela primeira vez em dez meses nesta sexta-feira, sob a expectativa crescente de que o Banco Central elevará a taxa básica de juros para conter pressões inflacionárias, o que tornaria o país mais atraente para capitais estrangeiros.
A moeda norte-americana recuou 0,74 por cento, a 1,9470 real na venda. Foi o nível mais baixo de fechamento desde 8 de maio, quando o dólar encerrou a 1,9387 real na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,1 bilhões de dólares.
"O Copom provavelmente aumentará os juros no futuro, então o dólar caiu", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.
A expectativa de que a Selic seja elevada da atual mínima histórica de 7,25 por cento cresceu ainda mais nesta sexta-feira depois que o governo divulgou que a inflação oficial de fevereiro ficou acima das expectativas do mercado.
Os números também reforçam interpretações de que o real mais valorizado pode ser usado para segurar pressões inflacionárias, já que reduziria o custo de insumos e bens de capital importados.
Em resposta à divulgação dos dados, os contratos de juros futuros dispararam, somando-se ao movimento da véspera, que havia sido impulsionado pela interpretação de que o BC abriu as portas para um possível aumento dos juros no curto prazo.
EM BUSCA DE UM PISO
O mercado agora questiona até que ponto o BC permitirá que o dólar caia. Operadores começaram a ver uma banda informal de 1,95 a 2 reais depois que a autoridade monetária atuou duas vezes em fevereiro perto do limite inferior deste intervalo.
O BC, por sua vez, deixou claro que intervém apenas para segurar oscilações bruscas. No fim do mês passado, o presidente da autarquia, Alexandre Tombini, reafirmou que o banco vai reagir a qualquer volatidade nos mercados de câmbio.
"O mercado fez um teste rompendo o chão informal, mas o Banco Central não atuou", disse o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano, acrescentando que investidores devem continuar testando o nível de 1,95 real, apoiados em expectativa de melhora na entrada de divisas no país.
Embora o fluxo cambial --o balanço entre entrada e saída de moeda estrangeira do país-- tenha fechado negativo em 105 milhões de dólares em fevereiro, o país registrou entrada líquida de 3 bilhões de dólares na última semana do mês.
Segundo analistas, os números devem melhorar à medida que uma série de safras de commodities agrícolas ganham fôlego nos próximos meses.
"De maneira geral, é uma tendência de queda (para o dólar), salvo algum acontecimento diferente na Europa ou nos Estados Unidos", acrescentou Romano.
O dólar fechou abaixo de 1,95 real pela primeira vez em dez meses nesta sexta-feira, sob a expectativa crescente de que o Banco Central elevará a taxa básica de juros para conter pressões inflacionárias, o que tornaria o país mais atraente para capitais estrangeiros.
A moeda norte-americana recuou 0,74 por cento, a 1,9470 real na venda. Foi o nível mais baixo de fechamento desde 8 de maio, quando o dólar encerrou a 1,9387 real na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,1 bilhões de dólares.
"O Copom provavelmente aumentará os juros no futuro, então o dólar caiu", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.
A expectativa de que a Selic seja elevada da atual mínima histórica de 7,25 por cento cresceu ainda mais nesta sexta-feira depois que o governo divulgou que a inflação oficial de fevereiro ficou acima das expectativas do mercado.
Os números também reforçam interpretações de que o real mais valorizado pode ser usado para segurar pressões inflacionárias, já que reduziria o custo de insumos e bens de capital importados.
Em resposta à divulgação dos dados, os contratos de juros futuros dispararam, somando-se ao movimento da véspera, que havia sido impulsionado pela interpretação de que o BC abriu as portas para um possível aumento dos juros no curto prazo.
EM BUSCA DE UM PISO
O mercado agora questiona até que ponto o BC permitirá que o dólar caia. Operadores começaram a ver uma banda informal de 1,95 a 2 reais depois que a autoridade monetária atuou duas vezes em fevereiro perto do limite inferior deste intervalo.
O BC, por sua vez, deixou claro que intervém apenas para segurar oscilações bruscas. No fim do mês passado, o presidente da autarquia, Alexandre Tombini, reafirmou que o banco vai reagir a qualquer volatidade nos mercados de câmbio.
"O mercado fez um teste rompendo o chão informal, mas o Banco Central não atuou", disse o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano, acrescentando que investidores devem continuar testando o nível de 1,95 real, apoiados em expectativa de melhora na entrada de divisas no país.
Embora o fluxo cambial --o balanço entre entrada e saída de moeda estrangeira do país-- tenha fechado negativo em 105 milhões de dólares em fevereiro, o país registrou entrada líquida de 3 bilhões de dólares na última semana do mês.
Segundo analistas, os números devem melhorar à medida que uma série de safras de commodities agrícolas ganham fôlego nos próximos meses.
"De maneira geral, é uma tendência de queda (para o dólar), salvo algum acontecimento diferente na Europa ou nos Estados Unidos", acrescentou Romano.