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Dólar espera novidades sem grandes oscilações

O mercado no Brasil deve continuar de olho no fluxo de recursos e nas novidades do dia, sem oscilações fortes

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 09h11.

São Paulo - O Índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha teve a primeira leitura positiva desde maio de 2011, subindo de -21,6 pontos em janeiro para 5,4 pontos em fevereiro e mudou tudo nos mercados na manhã desta terça-feira. O dado ficou muito acima dos -11,6 previstos pelos analistas e, junto com os resultados também favoráveis hoje dos leilões de títulos soberanos realizados pela Itália, Espanha e Grécia, colocou os ativos de risco em alta, deixando para trás a influência negativa que os rebaixamentos da Moody's, anunciados ontem à noite exerciam nas bolsas e nas moedas, mais cedo.

Às 9h43, o euro valia US$ 1,320, mostrando recuperação ante a cotação de US$ 1,3187 registrada no final da tarde de ontem em Nova York e de US$ 1,3171 verificada pouco antes das 7 horas de hoje. No mesmo horário, o dólar março era cotado a R$ 1,721, com queda de 0,17%. Às 9h44, o dólar index tinha alta de 0,09%.

Esse indicador mede a relação da moeda norte-americana com seis moedas fortes, incluindo o iene e está fortemente influenciada por medidas tomadas hoje pelo Banco Central do Japão (BOJ, na sigla em inglês). A instituição decidiu expandir seu programa de compra de ativos em 10 trilhões de ienes (cerca de US$ 130 bilhões) e mudou o enunciado de seu preço-alvo diante da pressão política para reforçar seu compromisso de acabar com a deflação e enfraquecer a moeda japonesa. Com isso, o dólar subia quase 0,60% ante o iene há instantes.

Perante as principais moedas emergentes, o dólar ainda não encontra rumo único. Há pouco, a moeda norte-americana tinha alta de 0,10% ante o dólar australiano, queda de 0,18% em relação ao dólar canadense e valorização de 0,06% em comparação ao dólar neozelandês.

Além da boa notícia da Alemanha e dos leilões por meio dos quais os três países europeus captaram recursos dentro da faixa pretendida, com juros menores, o motivo que permite o mercado relevar a decisão da Moody's é a previsibilidade da decisão tomada. Os rebaixamentos da Moody's seguem-se aos anteriormente anunciados pela S&P e Fitch e não são exatamente uma surpresa.

Por aqui, o mercado deve continuar de olho no fluxo de recursos e nas novidades do dia, sem oscilações fortes. "No patamar atual os investidores não arriscam muito. Não há muito espaço para a queda, por causa da percepção de que o BC pode atuar e do cenário internacional, que ainda tem incertezas importantes, e não há espaço para subir porque o fluxo ainda é positivo", disse um operador.

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