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Dólar crava quarta sessão seguida de alta e vai a R$ 2,713

O mês de fevereiro começou com cautela no mercado de câmbio doméstico

Dólares: o dólar à vista no balcão tem maior patamar desde 5 de janeiro (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 16h26.

São Paulo - O mês de fevereiro começou com cautela no mercado de câmbio doméstico.

Nesta segunda-feira, 2, o dólar cravou sua quarta sessão consecutiva de alta ante o real, apesar do movimento contrário visto no exterior, onde a moeda recuou ante a maior parte das divisas.

Ainda sob o efeito das palavras do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na sexta-feira, de que o governo não tem a intenção de manter o câmbio artificialmente valorizado, o investidor encontrou nas incertezas do quadro interno mais motivação para continuar comprando dólar.

O dólar à vista no balcão encerrou a R$ 2,713 (+1,04%), maior patamar desde 5 de janeiro (R$ 2,7160), com ganho de 5,52% acumulado em quatro sessões.

A cotação de fechamento ficou perto da máxima atingida pouco antes das 15h30, de R$ 2,714 (+1,08%).

Perto das 16h30, o volume no mercado à vista era de aproximadamente US$ 1,127 bilhão, sendo US$ 971 milhões em D+2.

Na mínima, pela manhã, o dólar à vista caiu 0,67%, para R$ 2,667 (-0,67%). No segmento futuro, o dólar para março subia 2,15%, a R$ 2,662, às 16h35.

A moeda americana começou o dia em baixa ante o real, com os investidores realizando parte dos lucros recentes e digerindo a informação de que o Banco Central vai rolar integralmente em fevereiro os US$ 10,4 bilhões de swap cambiais que vencem em março.

Mas ainda na etapa matutina a moeda inverteu para alta, já que o movimento de ajuste não resistiu às preocupações com o cenário doméstico, repleto de riscos que vão do racionamento de energia e retração do PIB em 2015 à eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a Câmara dos Deputados.

E, ainda que esperado, o resultado deficitário da balança comercial em janeiro, de US$ 3,174 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ajudou a compor o clima mais pesado.

Analistas vêm alertando para o risco que a eleição de Cunha, adversário do governo, traz para a aprovação das medidas econômicas no Congresso e que são importantes para recolocar a economia nos trilhos, como as de caráter fiscal.

Além disso, ele já se mostrou favorável à ampliação das investigações das denúncias de corrupção na Petrobras.

Em sua mensagem encaminhada ao Congresso Nacional para a sessão de abertura da 55ª legislatura, lida nesta tarde, a presidente Dilma reforçou que o país está diante de um reequilíbrio fiscal para recuperar a economia.

"Contas públicas em ordem são necessárias para o controle da inflação", afirmou a presidente. "Vamos promover o reequilíbrio fiscal de forma gradual", acrescentou.

Pela manhã, o Banco Central vendeu os 2 mil contratos de swap cambial ofertados na operação diária, num total de US$ 98,1 milhões, e outros 13 mil contratos de swap na rolagem de títulos que vencem em 2 de março de 2015, no valor de US$ 631,9 milhões.

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Ainda sob o efeito das palavras do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na sexta-feira, de que o governo não tem a intenção de manter o câmbio artificialmente valorizado, o investidor encontrou nas incertezas do quadro interno mais motivação para continuar comprando dólar.

O dólar à vista no balcão encerrou a R$ 2,713 (+1,04%), maior patamar desde 5 de janeiro (R$ 2,7160), com ganho de 5,52% acumulado em quatro sessões.

A cotação de fechamento ficou perto da máxima atingida pouco antes das 15h30, de R$ 2,714 (+1,08%).

Perto das 16h30, o volume no mercado à vista era de aproximadamente US$ 1,127 bilhão, sendo US$ 971 milhões em D+2.

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Mas ainda na etapa matutina a moeda inverteu para alta, já que o movimento de ajuste não resistiu às preocupações com o cenário doméstico, repleto de riscos que vão do racionamento de energia e retração do PIB em 2015 à eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a Câmara dos Deputados.

E, ainda que esperado, o resultado deficitário da balança comercial em janeiro, de US$ 3,174 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ajudou a compor o clima mais pesado.

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Além disso, ele já se mostrou favorável à ampliação das investigações das denúncias de corrupção na Petrobras.

Em sua mensagem encaminhada ao Congresso Nacional para a sessão de abertura da 55ª legislatura, lida nesta tarde, a presidente Dilma reforçou que o país está diante de um reequilíbrio fiscal para recuperar a economia.

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Pela manhã, o Banco Central vendeu os 2 mil contratos de swap cambial ofertados na operação diária, num total de US$ 98,1 milhões, e outros 13 mil contratos de swap na rolagem de títulos que vencem em 2 de março de 2015, no valor de US$ 631,9 milhões.

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