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Dólar comercial abre em queda de 0,24%, a R$ 1,656

Por Márcio Rodrigues São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,24%, negociado a R$ 1,656 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,18% e foi cotada a R$ 1,66 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em […]

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 09h13.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,24%, negociado a R$ 1,656 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,18% e foi cotada a R$ 1,66 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,20%, a R$ 1,6563.

A alta de 0,5 ponto porcentual na Selic (a taxa básica de juros da economia), promovida ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de 11,25% para 11,75% ao ano, já era prevista pelo mercado. No entanto, nada impede que o fluxo de dólares para o País sofra alguma variação positiva em função do juro maior. Caso isso se confirme, operadores não descartam que o Banco Central (BC) volte a atuar com força no mercado para defender a cotação do dólar na casa de R$ 1,66.

"O BC segue monitorando e se enxergar alguma entrada mais forte de dólares, certamente irá atuar com seus leilões", afirma um operador, para quem a moeda norte-americana seguirá pressionada enquanto os preços do petróleo estiverem elevados. Isso porque a possibilidade de uma crise energética prejudica, principalmente, a recuperação da economia dos EUA. Enquanto isso, os investidores estarão de olho nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, na semana até 26 de fevereiro, que serão conhecidos às 10h30 (horário de Brasília).

O mercado também seguirá atento ao discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet. A autoridade monetária manteve a taxa de juros do bloco em 1% ao ano, mas os agentes acreditam que Trichet pode ser mais incisivo em relação à inflação, que já está em 2,4% na zona do euro, acima da meta de 2%. Com os preços do petróleo elevados, a pressão inflacionária cresce ainda mais na região, o que pode levar o BCE a elevar os juros em breve.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5% em 2010, no maior avanço desde 1986. No quarto trimestre do ano passado, o PIB teve alta de 0,7%, ante os três meses imediatamente anteriores, e de 5% em relação ao mesmo período de 2009. Os números vieram dentro do esperado pelo mercado e não devem ser um fator adicional de pressão sobre o dólar.

Ontem, a autoridade monetária fez três leilões - dois a termo e um de compra à vista - e se não conseguiu barrar a baixa do dólar ao menos defendeu o patamar de R$ 1,66 da moeda americana. Os dados de fluxo cambial confirmaram que houve ingressos superiores a saídas de recursos do País e também que o BC voltou a comprar em fevereiro um volume de dólares maior que o saldo líquido do fluxo.

O fluxo cambial no mês passado até o dia 25 foi positivo em US$ 6,33 bilhões, resultado de um saldo financeiro favorável de US$ 7,216 bilhões e um fluxo comercial negativo de US$ 886 milhões. No mesmo período, o BC comprou no mercado à vista cerca de US$ 7,166 bilhões para as reservas internacionais e também adquiriu US$ 973 milhões por meio dos leilões de compra a termo. No ano, até 25 de fevereiro, o fluxo cambial está positivo em US$ 21,843 bilhões, com US$ 21,651 bilhões de saldo financeiro positivo e US$ 192 milhões de superávit comercial.

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