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Dólar comercial abre em queda de 0,18%, a R$ 1,66

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,18%, negociado a R$ 1,66 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,12% e foi cotada a R$ 1,663 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em […]

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 09h15.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,18%, negociado a R$ 1,66 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,12% e foi cotada a R$ 1,663 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,07%, a R$ 1,662.

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O comportamento dos preços do petróleo, afetado pela onda de conflitos e revoluções no Oriente Médio e no Norte da África, continua gerando incertezas. Essa situação veio para interferir nos cenários de recuperação das economias desenvolvidas, que ainda patinam em decorrência da crise global detonada em 2008.

No mercado de moedas, as dúvidas resultam no enfraquecimento do dólar. Ao contrário de servir como ativo de segurança, como ocorria no passado, a moeda norte-americana é penalizada por dois motivos. Primeiro, porque a possibilidade de uma crise energética prejudica, principalmente, a recuperação da economia dos EUA, que já vinha se mostrando aquém do desejado. Segundo, a crise pressiona para cima as estimativas de inflação na Europa, o que reforça a perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) será mais rápido na elevação de juros que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

No Brasil, essa conjuntura internacional se soma à avaliação de que o País é um dos emergentes de sucesso, que continuará atraindo o excesso de liquidez mundial ainda decorrente dos estímulos às economias desenvolvidas. Até porque continua intacto o consenso de que o Brasil soma risco baixo e juro alto: um prato cheio para os investidores de curto, médio e longo prazo. As apostas na valorização do real ante o dólar seguem unânimes. Ainda mais hoje, quando o mercado se prepara para receber a notícia de mais uma alta da Selic (a taxa básica de juros da economia). A expectativa majoritária é de alta de 0,5 ponto porcentual do juro básico, de 11,25% para 11,75% ao ano.

O único empecilho para uma queda acentuada da moeda norte-americana no mercado doméstico é a postura intervencionista do Banco Central. Os leilões de compra no mercado à vista, que eram rotina na gestão passada e serviam a uma "política de recomposição de reservas", desdobraram-se em operações de aquisição de dólares também a termo e em ofertas de swaps cambiais reversos. A intenção da equipe atual é evitar uma apreciação maior do real.

"O dólar segue com tendência de queda, influenciado pelo fluxo e pelo cenário internacional, mas com o mercado travado pelas atuações do BC", resume um operador. "Sempre que as cotações tentarem escapulir, o BC entra com leilão", completa.

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