Dólar comercial abre em baixa de 0,24%, a R$ 1,682

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,24%, negociado a R$ 1,682 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de sexta-feira, a moeda americana subiu 1,02% e foi cotada a R$ 1,686 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), ainda não havia sido registrada nenhuma negociação às 10h06 (horário de Brasília).

No fim da semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avisou: está saindo de férias, de 17 a 27 de janeiro, mas pode editar uma medida cambial a qualquer momento, por telefone, se achar necessário. Assim, os analistas que esperam que a espada da intervenção que paira sobre a cabeça do mercado fosse recolhida nos próximos dias estavam enganados. Continua valendo uma das variáveis que mais pesa na formação das cotações do dólar nas últimas semanas: a insegurança em relação às regras cambais.

Ainda assim, o mercado doméstico de câmbio acompanha a trajetória de queda que o dólar exibe hoje no mercado internacional, frente às demais moedas emergentes. "Aqui a trajetória está em linha com o exterior, mas a queda é menor com a cautela em relação às medidas cambiais. O mercado já viu que o governo está agindo e vai continuar", diz um operador. Ele ressalta que a trajetória de alta da moeda norte-americana em relação ao euro costuma interferir nas cotações no Brasil. A moeda única, como tem ocorrido nos últimos pregões, tem rota própria e hoje recua ante a cautela em relação ao resultado da reunião dos ministros de Finanças da Europa.

Quanto aos leilões de swaps cambiais reversos, depois do sucesso da operação de sexta-feira, o BC optou por passar hoje parado. Os profissionais do mercado consideram isso normal. "Tem que aguardar o comportamento do mercado e esperar que os investidores absorvam um pouco dos dólares antes de fazer mais (operações)", disse um especialista.

O swap cambial reverso é um tipo de contrato financeiro negociado no mercado futuro. Nele, é feita uma troca de taxas entre o Banco Central e os bancos compradores. De um lado, a autoridade monetária oferece aos investidores o pagamento de taxa de juros - que acompanha a Selic. Em troca, bancos pagam ao BC a variação do câmbio no período do contrato. Ou seja, o BC oferece juro e recebe a oscilação do dólar.