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Dólar comercial abre em alta de 1,26%, a R$ 1,69

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 1,26%, negociado a R$ 1,69 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,42% e foi cotada a R$ 1,669 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), ainda não havia sido registrada nenhuma […]

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 09h09.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 1,26%, negociado a R$ 1,69 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,42% e foi cotada a R$ 1,669 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), ainda não havia sido registrada nenhuma negociação às 10h07 (horário de Brasília).

O mercado brasileiro de câmbio tinha hoje todos os motivos, internos e externos, para abrir o dia cotando o dólar em alta ante o real. Os mais fortes são a retomada dos leilões de swap cambial reverso por parte do Banco Central (BC) e a elevação do compulsório dos bancos na China. Mas ainda há os dados ruins da economia europeia e a agenda dos EUA reforçando as recomendações de cautela nas decisões de negócios.

No exterior, é a alta do compulsório chinês que azeda o humor dos investidores. O desaquecimento que o governo chinês busca para a economia do país coloca panos quentes na empolgação com os preços das commodities (matérias-primas), afeta bolsas e pressiona o dólar para cima.

A taxa de inflação alta na zona do euro, de 2,2% em dezembro, acima da previsão do Banco Central Europeu (BCE), reforçou as palavras de alerta proferidas ontem por Jean-Claude Trichet. Isso mantém a moeda única perto da estabilidade. A preocupação do líder do BCE e a taxa divulgada hoje amparam a percepção de que, mesmo em meio à crise atual, pode haver alterações de juros na Europa antes do previsto.

No Brasil, os leilões de swap cambial reverso afetam diretamente as perspectivas de preço do dólar, ao contrário das demais medidas cambiais adotadas recentemente - compulsório de 60% sobre posições vendidas em dólar que ultrapassem US$ 3 bilhões ou patrimônio de referência em 90 dias e autorização para que o Fundo Soberano do Brasil (FSB) atue em derivativos.

O swap cambial reverso é um contrato feito entre o BC e instituições financeiras no mercado futuro. O swap vem do inglês "troca". Nesse caso, é feita uma troca de rentabilidades: dólar por juro. No período de vigência do contrato, o BC ganha a variação do dólar, a ser paga pelos bancos. As instituições financeiras, por sua vez, ficam com a remuneração da taxa Selic, que será bancada pelo governo.

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