Dólar comercial abre em alta de 0,38% a R$ 1,565
São Paulo - O dólar comercial abriu hoje em alta de 0,38%, cotado a R$ 1,565, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h26, a moeda norte-americana subia 0,71%, a R$ 1,57, nos primeiros negócios desta quinta-feira. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista subia 0,06% a R$ 1,5645. O euro […]
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2011 às 10h39.
São Paulo - O dólar comercial abriu hoje em alta de 0,38%, cotado a R$ 1,565, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h26, a moeda norte-americana subia 0,71%, a R$ 1,57, nos primeiros negócios desta quinta-feira. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista subia 0,06% a R$ 1,5645. O euro comercial, em alta de 0,04%, valia R$ 2,24.
A alta do dólar em relação ao real deve prosseguir nos negócios hoje. Esse quadro se desenha em virtude de resquícios das medidas cambiais adotadas ontem pelo governo, mas principalmente devido ao cenário externo. Segundo operadores, o impasse em torno da elevação do teto da dívida dos EUA, o encarecimento dos juros em leilão realizado pela Itália e a queda do Índice de Sentimento Econômico da zona do euro, para 103,2 em julho, de 105,4 em junho, devem pesar contra o euro e favorecer a moeda norte-americana, o que também será repercutido nos negócios por aqui.
"Evidentemente, há algum resquício de ajuste às medidas anunciadas pelo governo, mas acho que o impacto imediato maior aconteceu ontem. Agora, os agentes devem recolocar o cenário externo, que hoje se mostra favorável para mais um dia de recuperação do dólar, na pauta", explicou um profissional de tesouraria de um grande banco.
As medidas de ontem foram concentradas no mercado de derivativos. O governo definiu uma alíquota de 1% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aquisição, venda ou vencimento de derivativos cambiais que resultem no aumento da exposição líquida vendida das instituições financeiras em relação ao dia anterior superior a US$ 10 milhões. O governo também autorizou o Conselho Monetário Nacional (CMN) a definir regras específicas para as negociações no mercado de derivativos e a tributar as operações com IOF de até 25%.
Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes do país deve voltar hoje uma proposta republicana sobre a elevação do teto da dívida e corte de gastos. O texto deve ser aprovado, uma vez que os Republicanos são maioria na casa. No entanto, no Senado, onde os Democratas são maioria, a proposta é outra, fato que não deve por fim ao impasse sobre o tema. Enquanto isso, as taxas de juros nos títulos (Treasuries) norte-americanos abrem a manhã em baixa, em um sinal de que o mercado ainda não liquida os preços dos papéis do governo dos EUA e não acionou um botão de pânico sobre uma eventual moratória do país.
Na Europa, o governo da Itália teve de elevar o rendimento ofertado para os investidores assumirem seus papéis em leilão realizado hoje. O país vendeu 7,966 bilhões de euros em bônus, perto do total previsto, mas o juro do título BTP com vencimento em 2021 disparou para 5,77%, de 4,94% no leilão anterior de 28 de junho.
São Paulo - O dólar comercial abriu hoje em alta de 0,38%, cotado a R$ 1,565, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h26, a moeda norte-americana subia 0,71%, a R$ 1,57, nos primeiros negócios desta quinta-feira. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista subia 0,06% a R$ 1,5645. O euro comercial, em alta de 0,04%, valia R$ 2,24.
A alta do dólar em relação ao real deve prosseguir nos negócios hoje. Esse quadro se desenha em virtude de resquícios das medidas cambiais adotadas ontem pelo governo, mas principalmente devido ao cenário externo. Segundo operadores, o impasse em torno da elevação do teto da dívida dos EUA, o encarecimento dos juros em leilão realizado pela Itália e a queda do Índice de Sentimento Econômico da zona do euro, para 103,2 em julho, de 105,4 em junho, devem pesar contra o euro e favorecer a moeda norte-americana, o que também será repercutido nos negócios por aqui.
"Evidentemente, há algum resquício de ajuste às medidas anunciadas pelo governo, mas acho que o impacto imediato maior aconteceu ontem. Agora, os agentes devem recolocar o cenário externo, que hoje se mostra favorável para mais um dia de recuperação do dólar, na pauta", explicou um profissional de tesouraria de um grande banco.
As medidas de ontem foram concentradas no mercado de derivativos. O governo definiu uma alíquota de 1% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aquisição, venda ou vencimento de derivativos cambiais que resultem no aumento da exposição líquida vendida das instituições financeiras em relação ao dia anterior superior a US$ 10 milhões. O governo também autorizou o Conselho Monetário Nacional (CMN) a definir regras específicas para as negociações no mercado de derivativos e a tributar as operações com IOF de até 25%.
Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes do país deve voltar hoje uma proposta republicana sobre a elevação do teto da dívida e corte de gastos. O texto deve ser aprovado, uma vez que os Republicanos são maioria na casa. No entanto, no Senado, onde os Democratas são maioria, a proposta é outra, fato que não deve por fim ao impasse sobre o tema. Enquanto isso, as taxas de juros nos títulos (Treasuries) norte-americanos abrem a manhã em baixa, em um sinal de que o mercado ainda não liquida os preços dos papéis do governo dos EUA e não acionou um botão de pânico sobre uma eventual moratória do país.
Na Europa, o governo da Itália teve de elevar o rendimento ofertado para os investidores assumirem seus papéis em leilão realizado hoje. O país vendeu 7,966 bilhões de euros em bônus, perto do total previsto, mas o juro do título BTP com vencimento em 2021 disparou para 5,77%, de 4,94% no leilão anterior de 28 de junho.