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Dólar comercial abre em alta de 0,12%, a R$ 1,663

Governo pode agir caso a moeda americana se valorize mais

Oscilação promete ser baixa, mesmo com oferta de ações da Gerdau (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 10h48.

São Paulo - O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,12%, negociado a R$ 1,663 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,30% e foi cotada a R$ 1,661 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em leve queda de 0,01%, a R$ 1,662.

Após três dias de queda, com a cotação do dólar comercial saindo de R$ 1,680 para R$ 1,661, o mercado brasileiro amanhece cauteloso e acreditando que o fôlego dado pelo cenário internacional ao governo, para que adiasse o anúncio de uma nova medida cambial, pode estar chegando ao fim. Parte das atenções está voltada para Portugal, onde a rejeição das medidas de ajuste fiscal pelo Parlamento português está sendo dada como certa por políticos e pela imprensa. Se for confirmado hoje, isso pode realimentar a aversão ao risco.

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O aviso sobre novas medidas para evitar a valorização do real ante o dólar foi dado na véspera do feriado de carnaval por fontes do governo brasileiro. Mas desde então eventos externos e o ajuste dos bancos nas posições vendidas, com vistas à entrada em vigor do recolhimento de compulsório, levaram o dólar a subir. Por isso, as medidas vêm sendo postergadas.

A expectativa, porém, é de que elas surgirão a qualquer momento. A dúvida é quanto ao momento. Alguns analistas avaliam que se o dólar voltar a ameaçar romper para baixo a marca de R$ 1,65, o governo agirá. Outros acreditam que os riscos internacionais, agora engrossados por incertezas quanto ao futuro da economia japonesa, exigirão mais parcimônia da equipe econômica. "Os riscos de mercados são muito altos, a incerteza cresceu depois do terremoto do Japão e o governo deve esperar um pouco mais. Não acredito que ainda este mês saia alguma medida nova", diz um operador.

Para hoje, diante do clima de cautela, a percepção dos especialistas é de que a oscilação das cotações do dólar no mercado doméstico será baixa. A menos que algum fluxo de entrada ou de saída de dólares surpreenda os operadores. Vale registrar que uma operação volumosa começa a realimentar as expectativas de entradas de recursos: a oferta de ações da Gerdau. Hoje, a empresa publicou detalhes que permitem estimar o volume da operação em até R$ 6,5 bilhões.

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