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Dólar cai mais de 1% com movimento de correção

Às 11:57, o dólar recuava 1,16 por cento, a 4,0569 reais na venda, depois de tocar a mínima de 4,0478 reais

Dólar operava com queda de mais de 1 por cento e de volta aos 4,05 reais nesta segunda-feira (Andrew Harrer/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 27 de agosto de 2018 às 12h15.

Última atualização em 27 de agosto de 2018 às 12h17.

São Paulo - O dólar operava com queda de mais de 1 por cento e de volta aos 4,05 reais nesta segunda-feira, com um movimento de correção favorecido pelo exterior e diante da expectativa de anúncio de acordo entre Estados Unidos e México sobre o Nafta, em dia de noticiário eleitoral mais tranquilo.

Às 11:57, o dólar recuava 1,16 por cento, a 4,0569 reais na venda, depois de tocar a mínima de 4,0478 reais. Nos últimos cinco pregões, a moeda havia acumulado o maior ganho semanal desde novembro de 2016. O dólar futuro recuava cerca de 1,1 por cento.

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"O mercado está um pouco mais racional hoje. O cenário favorável lá fora e a ausência de notícias (eleitorais) está fazendo o mercado se acomodar um pouco depois de uma semana de muita cautela", disse o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas após o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, ter mantido na sexta-feira o discurso de gradualismo para a política monetária norte-americana. Desta forma, segue a avaliação de duas novas altas nos Estados Unidos até dezembro.

Também ajudava no humor um iminente acordo entre EUA e México sobre o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), o que favorecia o forte avanço do peso mexicano ante o dólar.

A moeda norte-americana também caía ante o peso chileno, mas subia contra a lira turca com a volta das preocupações sobre o embate diplomático com Washington devido ao pastor norte-americano em julgamento na Turquia.

Internamente, os investidores seguiam monitorando a cena eleitoral local com a expectativa de maior exposição dos candidatos à Presidência com o início da campanha eleitoral na televisão na sexta-feira.

"Com o início da campanha em cadeia nacional, a expectativa do mercado é de que Geraldo Alckmin ganhe relevância nas pesquisas, já que ficou com a maior fatia do bolo ao fazer aliança com o Centrão", apontou a CM Capital Markets em relatório.

O candidato do PSDB, preferido do mercado por seu perfil reformista, não conseguiu até o momento decolar nas pesquisas de intenção de voto, como reforçou novo levantamento nesta segunda-feira. Essa apatia e a possibilidade de um segundo turno com o PT fizeram os investidores reprecificarem recentemente o dólar para acima de 4 reais.

Segundo levantamento feito a pedido do banco BTG Pactual, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde abril no âmbito da operação Lava Jato, Jair Bolsonaro (PSL) está na liderança com 24 por cento das intenções de voto, à frente de Marina Silva (Rede) com 15 por cento, Alckmin com 9 por cento, e Ciro Gomes (PDT) com 8 por cento.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 4,56 bilhões de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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