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Dólar cai ante real por esperanças com Europa

A moeda norte-americana caiu 0,48 por cento, para 1,7805 real na venda

A moeda dos Estados Unidos se depreciou 0,30% (Mark Wilson/Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 17h52.

São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira, reagindo ao otimismo generalizado no exterior por expectativas de que líderes europeus obtenham neste final de semana avanços para resolver a crise de dívida da zona do euro.

A moeda norte-americana caiu 0,48 por cento, para 1,7805 real na venda. A cotação oscilou durante o dia entre 1,7669 real (-1,24 por cento) e 1,7924 real (+0,19 por cento).

As operações locais acompanham a fraqueza do dólar no exterior, onde a moeda caía 0,74 por cento ante uma cesta de divisas, puxada pela apreciação do euro e do iene. O dólar chegou a recuar a uma nova mínima recorde ante a moeda japonesa.

"Não houve nenhuma notícia especificamente. Apenas o otimismo lá fora com a reunião da União Europeia no domingo", afirmou Jorge Lima, consultor financeiro da Previbank DTVM.

As atenções de investidores se concentraram na cúpula dos líderes europeus, na qual as autoridades podem chegar a um acordo sobre como fortalecer o fundo de resgate da região e recapitalizar o setor bancário, considerado um dos principais canais de contaminação da crise de dívida que assola a periferia da zona do euro.


No entanto, qualquer decisão acertada no domingo precisará ser discutida novamente em um segundo encontro, que deve ocorrer no mais tardar na quarta-feira, em meio às divergências entre as duas maiores potências da zona do euro: França e Alemanha.

"Esperamos importantes anúncios dos formuladores de política monetária europeus em seus próximos encontros, com riscos significativos aos mercados globais caso as negociações paralisem", escreveu em relatório a equipe de pesquisa econômica do Barclays Capital "O resultado do encontro da UE deve oferecer alguma luz sobre as questões da recapitalização de bancos europeus e a utilização das atuais fontes do EFSF." O índice de volatilidade da CBOE, considerado termômetro do nervosismo do mercado, despencava mais de 8 por cento, enquanto os mercados de ações em Nova York e no Brasil registravam altas superiores a 1 por cento.

Apesar do otimismo, as incertezas com a Europa ainda são um foco de preocupação. No Brasil, isso se refletiu na véspera na alteração das posições de investidores estrangeiros nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI), que liquidamente voltaram a ficar comprados, ou seja, apostando na alta da moeda norte-americana.

Segundo dados mais recentes da BM&FBovespa, os estrangeiros sustentaram 346,35 milhões de dólares em posições compradas na moeda norte-americana na quinta-feira, quando o dólar subiu 0,74 por cento. Na quarta-feira, eles estavam vendidos em 78,7 milhões de dólares.

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São Paulo - O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira, reagindo ao otimismo generalizado no exterior por expectativas de que líderes europeus obtenham neste final de semana avanços para resolver a crise de dívida da zona do euro.

A moeda norte-americana caiu 0,48 por cento, para 1,7805 real na venda. A cotação oscilou durante o dia entre 1,7669 real (-1,24 por cento) e 1,7924 real (+0,19 por cento).

As operações locais acompanham a fraqueza do dólar no exterior, onde a moeda caía 0,74 por cento ante uma cesta de divisas, puxada pela apreciação do euro e do iene. O dólar chegou a recuar a uma nova mínima recorde ante a moeda japonesa.

"Não houve nenhuma notícia especificamente. Apenas o otimismo lá fora com a reunião da União Europeia no domingo", afirmou Jorge Lima, consultor financeiro da Previbank DTVM.

As atenções de investidores se concentraram na cúpula dos líderes europeus, na qual as autoridades podem chegar a um acordo sobre como fortalecer o fundo de resgate da região e recapitalizar o setor bancário, considerado um dos principais canais de contaminação da crise de dívida que assola a periferia da zona do euro.


No entanto, qualquer decisão acertada no domingo precisará ser discutida novamente em um segundo encontro, que deve ocorrer no mais tardar na quarta-feira, em meio às divergências entre as duas maiores potências da zona do euro: França e Alemanha.

"Esperamos importantes anúncios dos formuladores de política monetária europeus em seus próximos encontros, com riscos significativos aos mercados globais caso as negociações paralisem", escreveu em relatório a equipe de pesquisa econômica do Barclays Capital "O resultado do encontro da UE deve oferecer alguma luz sobre as questões da recapitalização de bancos europeus e a utilização das atuais fontes do EFSF." O índice de volatilidade da CBOE, considerado termômetro do nervosismo do mercado, despencava mais de 8 por cento, enquanto os mercados de ações em Nova York e no Brasil registravam altas superiores a 1 por cento.

Apesar do otimismo, as incertezas com a Europa ainda são um foco de preocupação. No Brasil, isso se refletiu na véspera na alteração das posições de investidores estrangeiros nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI), que liquidamente voltaram a ficar comprados, ou seja, apostando na alta da moeda norte-americana.

Segundo dados mais recentes da BM&FBovespa, os estrangeiros sustentaram 346,35 milhões de dólares em posições compradas na moeda norte-americana na quinta-feira, quando o dólar subiu 0,74 por cento. Na quarta-feira, eles estavam vendidos em 78,7 milhões de dólares.

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