Dólar cai abaixo de R$ 3,75 com rumores sobre Fazenda
O mercado reagia positivamente aos boatos, mas operadores entendem que essa está longe de ser a solução definitiva para os problemas brasileiros
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2015 às 10h19.
São Paulo - O dólar recuava abaixo de 3,75 reais nesta quarta-feira e atingiu o menor nível em mais de um mês, reagindo a rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, possivelmente facilitando o esforço do governo para reequilibrar as contas públicas.
O mercado reagia positivamente aos boatos, mas operadores entendem que essa está longe de ser a solução definitiva para os problemas brasileiros.
Muitos afirmaram que o viés de queda da moeda norte-americana nesta sessão era acentuado pelo baixo volume de negócios e, nesse sentido, não deve se estender por muito tempo.
Às 10:22, o dólar recuava 1,46 por cento, a 3,7360 reais na venda. A moeda dos Estados Unidos atingiu 3,7266 reais na mínima do dia, menor cotação no intradia desde 9 de outubro (3,7213 reais). O dólar futuro, que havia reagindo com força a esses rumores após o fechamento do mercado à vista na véspera, caía apenas 0,3 por cento.
Segundo notícias veiculadas na imprensa nesta manhã, Meirelles teria começado a discutir cenários com líderes governistas e estariam crescendo as pressões sobre a presidente Dilma Rousseff para ela aceitar a troca.
Reportagem do jornal Valor Econômico diz que Meirelles, caso assumisse a Fazenda, gostaria de indicar toda a equipe econômica, incluindo o presidente do BC e o ministro do Planejamento.
"Nada garante que isto materializará o ajuste fiscal necessário.Neste contexto, a reação positiva dos mercados pode durar pouco. No entanto, se os novos nomes conseguirem melhorar o apoio político da equipe econômica, poderemos ver algum ponto de inflexão nos mercados locais", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.
Meirelles comandou o BC durante os dois mandatos de Lula e perseguiu uma política monetária considerada mais ortodoxa, o que costuma agradar aos mercados financeiros.
Além disso, investidores consideram que ele teria mais facilidade para dialogar com o Congresso em um momento de intensos atritos entre o Executivo e o Legislativo.
No entanto, operadores ressaltavam que a perspectiva para o Brasil continua bastante difícil e a mudança na equipe econômica, no melhor dos casos, apenas atenuaria esse quadro.
Segundo eles, o movimento no mercado local era exagerado pelo baixo volume de negócios, reflexo das profundas incertezas no Brasil.
"A questão do mercado como um todo é a falta de liquidez... O investidor estrangeiro entra vendendo dólar e acaba que o investidor local, já machucado, segue o embalo", disse o especialista de câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
São Paulo - O dólar recuava abaixo de 3,75 reais nesta quarta-feira e atingiu o menor nível em mais de um mês, reagindo a rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, possivelmente facilitando o esforço do governo para reequilibrar as contas públicas.
O mercado reagia positivamente aos boatos, mas operadores entendem que essa está longe de ser a solução definitiva para os problemas brasileiros.
Muitos afirmaram que o viés de queda da moeda norte-americana nesta sessão era acentuado pelo baixo volume de negócios e, nesse sentido, não deve se estender por muito tempo.
Às 10:22, o dólar recuava 1,46 por cento, a 3,7360 reais na venda. A moeda dos Estados Unidos atingiu 3,7266 reais na mínima do dia, menor cotação no intradia desde 9 de outubro (3,7213 reais). O dólar futuro, que havia reagindo com força a esses rumores após o fechamento do mercado à vista na véspera, caía apenas 0,3 por cento.
Segundo notícias veiculadas na imprensa nesta manhã, Meirelles teria começado a discutir cenários com líderes governistas e estariam crescendo as pressões sobre a presidente Dilma Rousseff para ela aceitar a troca.
Reportagem do jornal Valor Econômico diz que Meirelles, caso assumisse a Fazenda, gostaria de indicar toda a equipe econômica, incluindo o presidente do BC e o ministro do Planejamento.
"Nada garante que isto materializará o ajuste fiscal necessário.Neste contexto, a reação positiva dos mercados pode durar pouco. No entanto, se os novos nomes conseguirem melhorar o apoio político da equipe econômica, poderemos ver algum ponto de inflexão nos mercados locais", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.
Meirelles comandou o BC durante os dois mandatos de Lula e perseguiu uma política monetária considerada mais ortodoxa, o que costuma agradar aos mercados financeiros.
Além disso, investidores consideram que ele teria mais facilidade para dialogar com o Congresso em um momento de intensos atritos entre o Executivo e o Legislativo.
No entanto, operadores ressaltavam que a perspectiva para o Brasil continua bastante difícil e a mudança na equipe econômica, no melhor dos casos, apenas atenuaria esse quadro.
Segundo eles, o movimento no mercado local era exagerado pelo baixo volume de negócios, reflexo das profundas incertezas no Brasil.
"A questão do mercado como um todo é a falta de liquidez... O investidor estrangeiro entra vendendo dólar e acaba que o investidor local, já machucado, segue o embalo", disse o especialista de câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.