Dólar cai à mínima desde 2008 com ceticismo sobre governo
Brasil elevou o IOF, cobrado em operações de empréstimo externo com prazo de um ano, mas medida não terá grandes efeitos
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2011 às 11h24.
São Paulo - O dólar caía pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, recuando aos menores níveis desde 2008 após a avaliação do mercado de que a última medida do governo não terá grande efeito sobre o câmbio.
Às 10h54, a moeda norte-americana tinha baixa de 0,85 por cento, a 1,640 real. Se fechar nesse patamar, o dólar cairá ao menor nível desde agosto de 2008, antes do auge da crise financeira global.
Na terça-feira, o governo elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado em operações de empréstimo externo com prazo até 360 dias para 6 por cento, com a meta de encarecer uma das principais fontes de entrada de dólares no país nos últimos meses. O decreto foi o mais recente em uma série de intervenções desde o começo do ano com o objetivo de frear a valorização do real e proteger as exportações. Após semanas de expectativa por novas medidas, porém, a avaliação mais comum era a de que o imposto maior não terá impacto sobre a cotação do dólar.
"O governo não tem medidas para convencer o mercado, e o fluxo continua entrando", disse Arnaldo Puccinelli, gerente na área de derivativos do Banif Investment Bank.
Às 12h30, o Banco Central divulga os dados mais recentes sobre o fluxo de câmbio para o país. Enquanto isso, o mercado monitora a possibilidade de compras de dólares pelo governo nos mercados à vista, a termo e no futuro.
De acordo com o operador de um banco dealer, "a medida - não tao eficaz - do governo ontem fez muita gente desistir de posições compradas" em dólares. Dados da BM&FBovespa mostram que os investidores estrangeiros elevaram a 15,89 bilhões de dólares as posições vendidas na moeda norte-americana no dia 29, maior montante desde novembro, em uma aposta crescente na valorização do real frente ao dólar.
A própria aproximação do final de mês, com a rolagem de contratos no mercado futuro, intensifica a pressão dos agentes com posições vendidas em direção à queda do dólar. "O pessoal de Ptax (taxa média do dólar, usada na rolagem de contratos) está na baixa e vem forçando", disse outro operador de câmbio, em uma corretora local. "Esses níveis se sustentam por medo de medidas. Mas se não vier nada, aos poucos vão empurrando."
São Paulo - O dólar caía pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, recuando aos menores níveis desde 2008 após a avaliação do mercado de que a última medida do governo não terá grande efeito sobre o câmbio.
Às 10h54, a moeda norte-americana tinha baixa de 0,85 por cento, a 1,640 real. Se fechar nesse patamar, o dólar cairá ao menor nível desde agosto de 2008, antes do auge da crise financeira global.
Na terça-feira, o governo elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado em operações de empréstimo externo com prazo até 360 dias para 6 por cento, com a meta de encarecer uma das principais fontes de entrada de dólares no país nos últimos meses. O decreto foi o mais recente em uma série de intervenções desde o começo do ano com o objetivo de frear a valorização do real e proteger as exportações. Após semanas de expectativa por novas medidas, porém, a avaliação mais comum era a de que o imposto maior não terá impacto sobre a cotação do dólar.
"O governo não tem medidas para convencer o mercado, e o fluxo continua entrando", disse Arnaldo Puccinelli, gerente na área de derivativos do Banif Investment Bank.
Às 12h30, o Banco Central divulga os dados mais recentes sobre o fluxo de câmbio para o país. Enquanto isso, o mercado monitora a possibilidade de compras de dólares pelo governo nos mercados à vista, a termo e no futuro.
De acordo com o operador de um banco dealer, "a medida - não tao eficaz - do governo ontem fez muita gente desistir de posições compradas" em dólares. Dados da BM&FBovespa mostram que os investidores estrangeiros elevaram a 15,89 bilhões de dólares as posições vendidas na moeda norte-americana no dia 29, maior montante desde novembro, em uma aposta crescente na valorização do real frente ao dólar.
A própria aproximação do final de mês, com a rolagem de contratos no mercado futuro, intensifica a pressão dos agentes com posições vendidas em direção à queda do dólar. "O pessoal de Ptax (taxa média do dólar, usada na rolagem de contratos) está na baixa e vem forçando", disse outro operador de câmbio, em uma corretora local. "Esses níveis se sustentam por medo de medidas. Mas se não vier nada, aos poucos vão empurrando."