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Dólar cai 1% ante real após dado dos EUA, de olho em Fed

Às 9h53, a moeda norte-americana caía 1,14 por cento, a 3,0342 reais na venda, após recuar 0,39 por cento na véspera

Dólar: o indicador tirou força da escalada dos rendimentos dos títulos públicos globais, como os dos Estados Unidos e da Alemanha (Ingram Publishing/ThinkStock)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2015 às 11h07.

São Paulo - O dólar recuava cerca de 1 por cento ante o real nesta quarta-feira, dando continuidade ao recuo da sessão passada em linha com os mercados externos e reagindo a números mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos .

Às 9h53, a moeda norte-americana caía 1,14 por cento, a 3,0342 reais na venda, após recuar 0,39 por cento na véspera. O primeiro contrato do dólar futuro, que já havia ampliado as perdas após o fechamento do mercado à vista na sessão passada, perdia 0,63 por cento.

O setor privado dos Estados Unidos gerou 169 mil vagas de trabalho no mês passado, menor número desde janeiro de 2014 e muito abaixo das expectativas de analistas.

O indicador tirou força da escalada dos rendimentos dos títulos públicos globais, como os dos Estados Unidos e da Alemanha, que vinha diminuindo a atratividade de ativos de mercados emergentes. Investidores têm mostrado dúvidas sobre quando o Federal Reserve pretende elevar os juros.

"Tivemos números fracos (sobre os EUA) no primeiro trimestre e uma leva de números fortes mais atuais. Então a dúvida é se a fraqueza do começo do ano vai se estender ou não", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

No cenário doméstico, investidores monitoravam o processo de aprovação no Congresso das medidas relativas ao ajuste fiscal conduzido pelo governo federal, que sofreu novos entraves na véspera.

Nesta manhã, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que o partido não votará nesta quarta-feira a medida provisória 665, que trata de direitos trabalhistas como o seguro-desemprego.

De maneira geral, no entanto, analistas acreditam que, mesmo com os impasses parlamentares, o governo conseguirá realizar um ajuste fiscal relevante em 2015.

"Problemas no Congresso não vão minar o ajuste fiscal neste ano - a desaceleração econômica é um fator muito mais relevante - mas o risco de descarrilamento devido a fatores políticos será maior em 2016, particularmente se a economia não se recuperar rapidamente o suficiente para promover um aumento na receita", escreveram analistas do Eurasia Group em relatório.

O mercado também avalia o impacto da menor presença do Banco Central no mercado de câmbio, com o fim de seu programa de intervenção diárias e a menor rolagem de swaps cambiais neste mês.

Nesta manhã, o BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, com oferta de até 8,1 mil contratos.

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São Paulo - O dólar recuava cerca de 1 por cento ante o real nesta quarta-feira, dando continuidade ao recuo da sessão passada em linha com os mercados externos e reagindo a números mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos .

Às 9h53, a moeda norte-americana caía 1,14 por cento, a 3,0342 reais na venda, após recuar 0,39 por cento na véspera. O primeiro contrato do dólar futuro, que já havia ampliado as perdas após o fechamento do mercado à vista na sessão passada, perdia 0,63 por cento.

O setor privado dos Estados Unidos gerou 169 mil vagas de trabalho no mês passado, menor número desde janeiro de 2014 e muito abaixo das expectativas de analistas.

O indicador tirou força da escalada dos rendimentos dos títulos públicos globais, como os dos Estados Unidos e da Alemanha, que vinha diminuindo a atratividade de ativos de mercados emergentes. Investidores têm mostrado dúvidas sobre quando o Federal Reserve pretende elevar os juros.

"Tivemos números fracos (sobre os EUA) no primeiro trimestre e uma leva de números fortes mais atuais. Então a dúvida é se a fraqueza do começo do ano vai se estender ou não", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

No cenário doméstico, investidores monitoravam o processo de aprovação no Congresso das medidas relativas ao ajuste fiscal conduzido pelo governo federal, que sofreu novos entraves na véspera.

Nesta manhã, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que o partido não votará nesta quarta-feira a medida provisória 665, que trata de direitos trabalhistas como o seguro-desemprego.

De maneira geral, no entanto, analistas acreditam que, mesmo com os impasses parlamentares, o governo conseguirá realizar um ajuste fiscal relevante em 2015.

"Problemas no Congresso não vão minar o ajuste fiscal neste ano - a desaceleração econômica é um fator muito mais relevante - mas o risco de descarrilamento devido a fatores políticos será maior em 2016, particularmente se a economia não se recuperar rapidamente o suficiente para promover um aumento na receita", escreveram analistas do Eurasia Group em relatório.

O mercado também avalia o impacto da menor presença do Banco Central no mercado de câmbio, com o fim de seu programa de intervenção diárias e a menor rolagem de swaps cambiais neste mês.

Nesta manhã, o BC dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, com oferta de até 8,1 mil contratos.

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